ATA DA VIGÉSIMA SEXTA SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA
SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA QUARTA LEGISLATURA, EM 20-4-2006.
Aos vinte dias do mês de abril do ano de dois mil e
seis, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal
de Porto Alegre. Às quatorze horas, foi realizada a chamada, sendo respondida
pelos Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, Dr. Goulart, Elias Vidal, Haroldo de Souza, João
Antonio Dib, João Bosco Vaz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Nereu D'Avila,
Neuza Canabarro, Professor Garcia, Raul Carrion e Sofia Cavedon. Constatada a
existência de quórum, o Senhor Presidente declarou abertos os trabalhos. Ainda,
durante a Sessão, compareceram os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho,
Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Pinto, Elói Guimarães,
Ervino Besson, Ibsen Pinheiro, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz
Braz, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Mônica Leal, Paulo Odone,
Sebastião Melo e Valdir Caetano. À MESA, foram encaminhados: pela Mesa
Diretora, o Projeto de Resolução nº 071/06 (Processo nº 2011/06); pelo Vereador
Adeli Sell, os Pedidos de Providência nos 683, 684 e 785/06 (Processos
nos 1885, 1886 e 2097/06, respectivamente); pelo Vereador Aldacir
Oliboni, os Projetos de Resolução nos 061 e 067/06 (Processos nos
1489 e 1752/06, respectivamente); pelo Vereador Bernardino Vendruscolo, os
Pedidos de Providência nos 747, 748, 795, 796 e 797/06 (Processos nos
2003, 2004, 2114, 2115 e 2116/06, respectivamente); pelo Vereador Haroldo de
Souza, os Pedidos de Providência nos 777, 778, 779, 780, 781, 782,
783, 784, 786, 787, 788, 789, 790, 791 e 792/06 (Processos nos 2080,
2081, 2084, 2085, 2086, 2087, 2089, 2091, 2098, 2099, 2100, 2101, 2102, 2103 e
2104/06, respectivamente); pelo Vereador Ibsen Pinheiro, o Pedido de
Providência nº 687/06 (Processo nº 1889/06); pelo Vereador João Carlos Nedel,
os Pedidos de Providência nos 749, 750, 751 e 753/06 (Processos nos
2012, 2013, 2014 e 2024/06, respectivamente); pelo Vereador José Ismael Heinen,
o Pedido de Providência nº 644/06 (Processo nº 1801/06) e o Projeto de Lei do
Legislativo nº 076/06 (Processo nº 1918/06); pela Vereadora Manuela d'Ávila, os
Pedidos de Providência nos 699 e 700/06 (Processos nos
1901 e 1902/06, respectivamente), os Pedidos de Informação nos 096 e
104/06 (Processos nos 1782 e 1921/06, respectivamente) e o
Substitutivo nº 01 ao Projeto de Lei do Legislativo nº 189/05 (Processo nº
4074/05); pela Vereadora Maria Celeste, o Pedido de Providência nº 775/06 (Processo
nº 2075/06); pela Vereadora Mônica Leal, o Projeto de Lei do Legislativo nº
073/06 (Processo nº 1912/06); pelo Vereador Professor Garcia, o Pedido de Informação
nº 112/06 (Processo nº 2061/06) e a Indicação nº 010/06 (Processo nº 2060/06);
pela Vereadora Sofia Cavedon, o Pedido de Informação nº 108/06 (Processo nº
2018/06). Do EXPEDIENTE, constaram os Ofícios nos 256, 257, 258 e
259/06, do Senhor Prefeito Municipal de Porto Alegre. A seguir, o Senhor
Presidente registrou a presença do Padre Vanderlei Mengue Bock e do Senhor João
Batista de Souza Daher, respectivamente Pároco e Coordenador do Conselho
Pastoral Paroquial da Paróquia São Jorge, convidando Suas Senhorias a
integrarem a Mesa dos trabalhos e concedendo a palavra, em TRIBUNA POPULAR, ao
Padre Vanderlei Mengue Bock, que divulgou a realização e a programação, no dia
vinte e três de abril do corrente, da 53ª Festa de São Jorge, convidando todos
a participarem desse evento e destacando que ele integra o Calendário Oficial
de Porto Alegre. Nesse sentido, discorreu acerca da história de São Jorge, salientando
sua importância para os fiéis de diversas religiões. Na ocasião, nos termos do
artigo 206 do Regimento, os Vereadores Professor Garcia, Aldacir Oliboni,
Bernardino Vendruscolo, Ervino Besson, Elói Guimarães, João Carlos Nedel, José
Ismael Heinen e Luiz Braz manifestaram-se acerca do assunto tratado durante a
Tribuna Popular. Ainda, o Vereador João Carlos Nedel manifestou-se, informando
que o Senhor Albano Assis Carvalho da Silva, funcionário deste Legislativo, é
um dos festeiros da 53ª Festa de São Jorge. Às quatorze horas e trinta e seis
minutos, os trabalhos foram regimentalmente suspensos, sendo retomados às
quatorze horas e quarenta minutos, constatada a existência de quórum. Em GRANDE
EXPEDIENTE, a Vereadora Sofia Cavedon discorreu sobre problemas na saúde
pública em Porto Alegre, alegando que diminuíram os recursos que o Governo
Estadual deveria repassar, constitucionalmente, ao Município. Em relação ao
assunto, referindo-se a acidentes e problemas constatados em Secretarias e Autarquias
de Porto Alegre, cobrou mudanças nas políticas municipais em relação à
manutenção das condições de saúde dos funcionários públicos. Em continuidade,
foi apregoado o Ofício nº 281/06 (Processo nº 2169/06), do Senhor Prefeito
Municipal de Porto Alegre, encaminhando, nos termos do artigo 119, § 2º, da Lei
Orgânica Municipal, o Relatório de Atividades da Prefeitura Municipal, os
balanços do Departamento Municipal de Habitação – DEMHAB –, do Departamento
Municipal de Limpeza Urbana – DMLU –, do Departamento Municipal de Água e
Esgotos – DMAE –, da Fundação de Assistência Social e Cidadania – FASC –, da
Companhia de Processamento de Dados do Município de Porto Alegre – PROCEMPA –,
da Companhia Carris Porto-Alegrense, o balanço da Administração Centralizada, o
Balanço Geral, os balanços da Empresa Pública de Transporte e Circulação – EPTC
–, do Departamento Municipal de Previdência dos Servidores
Públicos do Município de Porto Alegre – PREVIMPA – e do Escritório Municipal de Turismo,
referentes ao ano de dois mil e cinco, tendo o Senhor Presidente informado que
esses documentos serão disponibilizados para avaliação da população, em local a
ser definido pela Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e do MERCOSUL. Em
GRANDE EXPEDIENTE, a Vereadora Clênia Maranhão enfocou denúncia apresentada
pela Vereadora Margarete Moraes e repercutida pela Jornalista Vera Spolidoro,
de irregularidade no recebimento da Bolsa Família por funcionários municipais,
afirmando que esse problema já foi corrigido pelo Governo Municipal e salientando
a importância da fiscalização desse Programa. Ainda, analisou providências da
Prefeitura Municipal em relação à saúde dos funcionários públicos. Em COMUNICAÇÕES,
o Vereador José Ismael Heinen aprovou a decisão da Comissão de Ética da Câmara
dos Deputados de arquivar processo de representação contra o Deputado Federal
Onyx Lorenzoni, argumentando que esse Parlamentar foi injustamente acusado por
integrantes do Partido dos Trabalhadores e considerando essa medida salutar
para a democracia. Além disso, mencionou denúncias de envolvimento de membros
do Governo Federal e do PT em casos de corrupção. A Vereadora Maria Celeste
elogiou a averiguação, pelo Governo Municipal, da denúncia de recebimento
irregular do Programa Bolsa Família, realizada pela Vereadora Margarete Moraes.
Ainda, relatou reunião em que participou, juntamente com o Vereador Carlos
Todeschini, professores e estudantes de escolas da Zona Norte sobre problemas
de segurança nessa região, informando que deverá ser realizada Audiência
Pública da CEDECONDH sobre o tema. O Vereador Dr. Pinto manifestou sua
satisfação em assumir a vereança em substituição à Vereadora Maristela Meneghetti,
em Licença para Tratamento de Saúde, desejando pronto restabelecimento a Sua
Excelência. Também, discutiu a necessidade de observância, pela população, da
destinação de vagas de estacionamento para pessoas portadoras de deficiência,
requerendo mais fiscalização por parte da Empresa Pública de Transporte e
Circulação em relação à utilização irregular desses espaços. A Vereadora
Manuela d'Ávila registrou a visita ao Estado, ontem, do Senhor Luiz Inácio Lula
da Silva, Presidente da República, salientando a importância desse
acontecimento para o Rio Grande do Sul e para Porto Alegre. Igualmente,
mostrou-se favorável à gestão do País pelo Governo Federal, destacando medidas
adotadas em relação a meios alternativos de produção de energia e saudando
investimentos efetuados na área de saúde pública, em especial no Hospital
Conceição. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador Claudio Sebenelo formulou
críticas à abordagem dada aos problemas da população indígena pelo Executivo
Federal, alegando que foram poucos os recursos investidos em programas de saúde
voltados aos índios. Nesse sentido, debateu problemas nas políticas públicas na
área de saúde em nível federal, sustentando que a inauguração da nova emergência
do Hospital Conceição não corrige falhas existentes em outros setores dessa
instituição. Em COMUNICAÇÕES, o Vereador Ervino Besson posicionou-se contrariamente
à invasão de propriedades privadas por integrantes do Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra, rechaçando depredações e saques praticados durante
essas ações. Além disso, discordou do posicionamento do Bispo Dom Tomás
Balduíno, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, em relação à questão
agrária, recordando o vandalismo praticado pela Via Campesina na Fazenda Barba
Negra, em março deste ano. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão,
os Projetos de Lei do Legislativo nos 002, 031, 051, 058, 059 e
065/06, os Projetos de Resolução nos 060, 065, 056/06, este
discutido pelo Vereador João Antonio Dib, e 064/06, discutido pelos Vereadores
João Antonio Dib e Carlos Todeschini; em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do
Legislativo nos 287/05, discutido pelo Vereador Márcio Bins Ely, e
328/05, discutido pelo Vereador Carlos Comassetto; em 3ª Sessão, os Projetos de
Lei do Legislativo nos 056/06 e 033/05, este discutido pela Vereadora
Sofia Cavedon. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER,
o Vereador Raul Carrion abordou
visita efetuada ontem pelo Presidente Luiz
Inácio Lula da Silva ao Estado, apoiando
a gestão desse político na área de energia e as ações públicas empreendidas
junto às comunidades indígenas brasileiras. Igualmente, referiu-se a verbas federais anunciadas para
implantação do Centro de Excelência Tecnológica do Rio Grande do Sul e comentou a inauguração, ontem, do novo
setor de emergência do Grupo Hospitalar Conceição. O Vereador João Antonio Dib criticou os Poderes Executivo e
Legislativo Federais, condenando
gastos com publicidade e a rejeição de processos de cassação de Parlamentares
envolvidos em casos de corrupção. Ainda,
comentou a reunião de hoje da Comissão de Inquérito instaurada nesta
Casa para averiguar afastamento de servidores municipais por biometria, declarando que o Poder Executivo não
respondeu devidamente a dúvidas levantadas por Vereadores dessa Comissão. O
Vereador José Ismael Heinen teceu
considerações atinentes às atividades desenvolvidas pelo Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra, asseverando
que as ações desse grupo contrariam direitos constitucionais de propriedade
privada e a liberdade de ir e vir inerente aos cidadãos. Da mesma forma, contestou posições
favoráveis a esse movimento, assumidas por integrantes do Governo Federal, e criticou a gestão do Senhor Luiz
Inácio Lula da Silva como Presidente da República. O Vereador Carlos Comassetto
reportou-se à visita do
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Rio Grande do Sul, ressaltando obras inauguradas por esse
político, como o novo setor de emergência do Hospital Conceição e redes de
energia elétrica integrantes do programa “Luz para Todos”. Também, cumprimentou o Governo Federal
por empreendimentos na área de energia, lembrando
que o Brasil atingiu sua auto-suficiência em petróleo e lidera pesquisas de
novas tecnologias energéticas. A Vereadora Neuza Canabarro manifestou-se quanto à Comissão de
Inquérito instaurada neste Legislativo para apurar índices de afastamento de
servidores municipais por biometria. Nesse
sentido, leu relatório de sua autoria, referente ao assunto, onde é salientada a necessidade de maiores
informações de parte do Executivo Municipal, para que sejam elaboradas conclusões
e apontadas alternativas que não prejudiquem os municipários, mas evitem gastos
indevidos de verbas públicas. O Vereador Elói Guimarães enfocou a conjuntura política nacional, citando denúncias apresentadas pela Procuradoria-Geral da República,
de casos de corrupção em instituições públicas. Além disso, classificou como “trágica” a gestão do Senhor Luiz
Inácio Lula da Silva na Presidência da República, declarando que a Direção do Partido dos Trabalhadores e
integrantes do Governo Federal foram destituídos de seus cargos por
envolvimento em processos de corrupção em organismos federais. A Vereadora
Clênia Maranhão defendeu o
Projeto de Lei do Executivo nº 015/06, que autoriza a abertura de créditos nos
Poderes Legislativo e Executivo Municipais. Ainda, comentou depoimento efetuado hoje no Congresso Nacional
pelo Ministro Márcio Thomaz Bastos, afirmando
que as declarações por ele formuladas não correspondem ao procedimento ético
exigido do ocupante do cargo de Ministro da Justiça e ampliam o quadro de crise
que, segundo Sua Excelência, se verifica no País. O Vereador Sebastião Melo analisou dificuldades estruturais e
financeiras vivenciadas pela Viação Aérea Rio-Grandense – VARIG –, asseverando que o Governo Federal não
tem demonstrado a vontade política necessária para resolução desses problemas. Em seguida, avaliou a visita do
Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Estado, criticando gestões empreendidas pelo Partido dos Trabalhadores
quando à frente do Poder Executivo em nível federal, estadual ou municipal. A
Vereadora Maristela Maffei pronunciou-se
acerca do Projeto de Lei do Legislativo nº 043/05, do Vereador Sebastião Melo,
que dispõe sobre o programa de redução gradativa do número de veículos de
tração animal no Município. Também,
mencionou a invasão da empresa Aracruz Celulose, ocorrida no dia oito de
março do corrente, elogiando
posições favoráveis a movimentos populares pela reforma agrária, assumidas por
autoridades integrantes da Igreja Católica e do Governo Federal. Em continuidade,
o Vereador Raul Carrion procedeu à entrega, ao Senhor Presidente, de fotografia
referente à solenidade de inauguração das novas instalações do setor de
emergência do Hospital Conceição, ocorrida ontem. Também, a Vereadora Maristela
Maffei manifestou-se, sugerindo a leitura, pelo Vereador Ervino Besson, de
textos do Senhor Francisco Julião, relativos ao tema “Reforma Agrária”, tendo o
Vereador José Ismael Heinen se manifestado a respeito do assunto. Ainda, a
Vereadora Clênia Maranhão formulou Requerimento verbal, deferido pelo Senhor
Presidente, solicitando que o material digitalizado com dados sobre o Programa
Integrado Socioambiental de Porto Alegre, encaminhado à Casa pelo Senhor Flávio
Presser, Diretor-Geral do Departamento Municipal de Água e Esgotos, seja
entregue aos Senhores Vereadores neste Plenário, durante a realização de Sessão
Ordinária. Após, o Senhor Presidente registrou a presença do ex-Deputado
Federal Wilson Müller. A seguir, constatada a existência de quórum, foi
iniciada a ORDEM DO DIA e aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador
Dr. Goulart, solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante
na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 005/05, com ressalva da Mensagem Retificativa e
das Emendas a ela apostas, por vinte e um votos SIM e onze votos NÃO, após ser
discutido pelos Vereadores Carlos Todeschini, Sebastião Melo, Maria Celeste e Raul
Carrion e encaminhado à votação pelo Vereador Carlos Comassetto e pela
Vereadora Maristela Maffei, em votação nominal solicitada pelo Vereador Dr.
Goulart, tendo votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha,
Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr.
Goulart, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen
Pinheiro, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz,
Márcio Bins Ely, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Odone, Sebastião Melo e
Valdir Caetano e
Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, João Antonio Dib, Manuela d'Ávila, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Maristela Maffei, Raul Carrion e Sofia Cavedon, tendo
apresentado Declarações de Voto o Vereador João Antonio Dib e, conjuntamente,
os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni Carlos Comassetto, Carlos Todeschini,
Manuela d’Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Raul
Carrion e Sofia Cavedon. Durante a apreciação do Projeto de Lei Complementar do Executivo nº
005/05, os Vereadores Aldacir Oliboni e Manuela d’Ávila cederam seus tempos de
discussão, respectivamente, aos Vereadores Carlos Todeschini e Maria Celeste.
Em continuidade, foi aprovada a Mensagem Retificativa aposta ao Projeto de Lei
Complementar do Executivo nº 005/05, com ressalva das Emendas a ela apostas,
por vinte e dois votos SIM e onze votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo
Vereador Dr. Goulart, tendo votado Sim os Vereadores Alceu
Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia
Maranhão, Dr. Goulart, Dr. Pinto, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson,
Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José
Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo
Odone, Sebastião Melo e Valdir Caetano e Não os Vereadores Adeli
Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, João Antonio Dib,
Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Raul
Carrion e Sofia Cavedon. Foi aprovada a Emenda nº 03, aposta à Mensagem Retificativa ao Projeto
de Lei Complementar do Executivo nº 005/05, por vinte e um votos SIM e onze
votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo Vereador Dr. Goulart, tendo
votado Sim os Vereadores Alceu Brasinha, Almerindo Filho,
Bernardino Vendruscolo, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr.
Pinto, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen
Pinheiro, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Márcio Bins
Ely, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Odone, Sebastião Melo e Valdir Caetano e Não os Vereadores Adeli
Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Carlos Todeschini, João Antonio Dib,
Manuela d'Ávila, Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Raul
Carrion e Sofia Cavedon e tendo apresentado Declaração de Voto, conjuntamente,
os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos Comassetto, Manuela d’Ávila,
Margarete Moraes, Maria Celeste, Maristela Maffei, Raul Carrion e Sofia
Cavedon. Foi
aprovada a Emenda nº 04, aposta à Mensagem Retificativa ao Projeto de Lei Complementar
do Executivo nº 005/05, por vinte e um votos SIM e dez votos NÃO, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Dr. Goulart, tendo votado Sim os Vereadores Alceu
Brasinha, Almerindo Filho, Bernardino Vendruscolo, Clênia Maranhão, Dr.
Goulart, Dr. Pinto, Elias Vidal, Elói Guimarães, Ervino Besson, Haroldo de
Souza, Ibsen Pinheiro, João Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen,
Luiz Braz, Márcio Bins Ely, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Odone, Sebastião
Melo e Valdir Caetano e Não os Vereadores Adeli Sell, Aldacir Oliboni, Carlos
Comassetto, Carlos Todeschini, João Antonio Dib, Manuela d'Ávila, Margarete
Moraes, Maria Celeste, Raul Carrion e Sofia Cavedon. Em Votação, foi aprovado o Requerimento
nº 072/06. Após, foram votados conjuntamente e aprovados, em Votação, o Projeto
de Resolução no 147/05 e, em Discussão Geral e Votação, os Projetos
de Resolução nos 148, 149/05 e 016/06 e o Projeto de Lei do
Executivo nº 065/04, por vinte e cinco votos SIM e uma ABSTENÇÃO, após serem
discutidos pelo Vereador Ibsen Pinheiro, em votação nominal solicitada pelo
Vereador Dr. Goulart, tendo votado Sim os Vereadores Adeli
Sell, Aldacir Oliboni, Bernardino Vendruscolo, Carlos Comassetto, Carlos
Todeschini, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Goulart, Dr.
Pinto, Elias Vidal, Haroldo de Souza, João Antonio Dib, João Bosco Vaz, João
Carlos Nedel, Luiz Braz, Manuela d'Ávila, Márcio Bins Ely, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Raul Carrion, Sofia Cavedon e Valdir
Caetano e
optado pela Abstenção o Vereador Ibsen Pinheiro. Em Votação, foi aprovado
Requerimento s/nº (Processo nº 4829/05) de autoria do Vereador Luiz Braz,
solicitando renovação de votação para o Projeto de Lei Complementar do Legislativo
nº 037/05, por dezenove votos SIM e quatro votos NÃO, em votação nominal
solicitada pelo Vereador Adeli Sell, tendo votado Sim os Vereadores Bernardino
Vendruscolo, Cassiá Carpes, Claudio Sebenelo, Clênia Maranhão, Dr. Pinto, Elias
Vidal, Ervino Besson, Haroldo de Souza, Ibsen Pinheiro, João Antonio Dib, João
Bosco Vaz, João Carlos Nedel, José Ismael Heinen, Luiz Braz, Márcio Bins Ely,
Mônica Leal, Nereu D'Avila, Paulo Odone e Valdir Caetano e Não os Vereadores Adeli
Sell, Aldacir Oliboni, Maria Celeste e Sofia Cavedon. A seguir, em face de
Questão de Ordem e manifestação formulada pelo Vereador Luiz Braz, o Senhor
Presidente prestou informações acerca do prazo para renovação da votação do
Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 037/05. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 010/05, com ressalva
da Emenda nº 02 a ele aposta, após ser discutido pelo Vereador João Antonio
Dib. Foi aprovada a Emenda nº 02 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº
010/05. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo
nº 256/05, com ressalva da Emenda nº 01 a ele aposta, após ser discutido pelos
Vereadores João Antonio Dib e Professor Garcia. Foi aprovada a Emenda nº 01
aposta ao Projeto de Lei do Legislativo nº 256/05. Em Discussão Geral e
Votação, esteve o Projeto de Lei do Legislativo nº 039/05 o qual, teve sua
discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria do
Vereador Adeli Sell. Na oportunidade, em face de Questões de Ordem do Vereador
Adeli Sell, o Senhor Presidente prestou informações acerca da autoria e da
tramitação, na Casa, do Substitutivo nº 02 aposto ao Projeto de Lei do
Legislativo nº 039/05. Na ocasião, foi apregoado o Ofício nº 014/06, firmado pelo
Vereador Dr. Goulart, Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, o qual
informa que Sua Excelência participou, ontem, às quatorze horas, de reunião com
a Senhora Sandra Segura, Promotora do Ministério Público, e, às dezesseis
horas, da solenidade de inauguração das novas instalações do setor de
emergência do Hospital Conceição. Em Discussão Geral e Votação, esteve o
Projeto de Lei do Legislativo nº 190/05 o qual teve sua discussão adiada por
uma Sessão, a Requerimento, aprovado, de autoria da Vereadora Clênia Maranhão.
Após, foi aprovado Requerimento verbal formulado pelo Vereador Dr. Goulart,
solicitando alteração na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do
Dia. Às dezoito horas e trinta e cinco minutos, os trabalhos foram
regimentalmente suspensos para a realização de reunião conjunta de Comissões
Permanentes, sendo retomados às dezenove horas e três minutos, constatada a
existência de quórum. Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de
Lei do Executivo nº 015/06, com ressalva da Mensagem Retificativa nº 01 a ele
aposta, após ser discutido pelo Vereador Adeli Sell. Foi aprovada a Mensagem
Retificativa nº 01, aposta ao Projeto de Lei do Executivo nº 015/06. Em
Discussão Geral e Votação, foram aprovados o Projeto de Lei do Legislativo nº
210/02 e a Emenda nº 01 a ele aposta. Às dezenove horas e dez minutos,
constatada a inexistência de quórum, em verificação solicitada pela Vereadora
Clênia Maranhão, o Senhor Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando
os Senhores Vereadores para a Sessão Ordinária da próxima segunda-feira, à hora
regimental. Os trabalhos foram presididos pelos Vereadores Dr. Goulart, Luiz
Braz e Valdir Caetano e secretariados pelo Vereador Haroldo de Souza. Do que
eu, Haroldo de Souza, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata,
que, após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo
Senhor Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Passamos
à
O Padre Vanderlei Mengue
Bock, Pároco da Igreja São Jorge, e o Sr. João Batista de Souza Daher, coordenador
do Conselho Pastoral Paroquial, estão presentes para tratar da 53ª Festa de São
Jorge, evento integrante do Calendário Oficial de Porto Alegre a ser realizado
no dia 23 de abril.
O Padre Vanderlei Mengue
Bock está com a palavra para nos falar da Festa mais que cinqüentenária, Festa
de São Jorge, no dia 23.
O
SR. VANDERLEI MENGUE BOCK:
Exmo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Porto Alegre, Ver. Dr.
Goulart; Sras Vereadoras e Srs. Vereadores; senhores representantes
da imprensa, senhoras e senhores presentes: São Jorge é do século III, nasceu
na Capadócia, atualmente Turquia, foi filho de pais cristãos e soldado do
Império Romano. Foi morar na corte romana, em Roma, com 23 anos. Ao chegar lá,
Diocleciano, o grande Imperador romano, traçou uma grande perseguição contra os
cristãos. Um dia, na assembléia do Senado, perguntaram a Jorge por que ele
seguia Cristo, e ele informou que seguia Cristo, porque Cristo era a verdade. O
Imperador tentou fazê-lo desistir da idéia de ser cristão mediante torturas, mas
não conseguiu fazer com que Jorge desistisse de sua fé. No dia 23 de abril de
303, ele sofreu martírios e, a mando do Imperador Diocleciano, foi degolado.
O seu culto no Oriente é muito forte e, principalmente, se
estendeu ao Ocidente a partir da Idade Média, com as Cruzadas. Por isso é que
nós temos a figura de Jorge montado sobre um cavalo, com lança, espada,
armadura, lutando contra um dragão. Um símbolo adotado principalmente pelos
ingleses nessa iconoclastia que, depois, se tornou conhecidíssimo no lado
Ocidental.
A
Paróquia de São Jorge foi fundada pelo Padre Paulo Escopel - falecido há dois
anos - no final da linha do bonde, em frente ao Hospital São Pedro, no bairro
Partenon, na antiga capela do Sagrado Coração de Jesus. Depois, a desejo do
nosso querido e saudoso Arcebispo Cardeal Scherer, foi erguida uma igreja ali
em honra a São Jorge, principalmente por ser um bairro de militares. E o Padre
Paulo abraçou esse desafio e o cumpriu, construindo uma bela igreja situada na
Av. Bento Gonçalves com a 3ª Perimetral.
Há
53 anos que essa Festa é feita com grande devoção do povo porto-alegrense.
Podemos até salientar que é a segunda maior procissão de Porto Alegre, depois
da procissão de Nossa Senhora dos Navegantes, que é a segunda maior do Brasil,
perdendo somente para a de Círio de Nazaré. Ali nós podemos presenciar a
expressão religiosa do povo, a sua religiosidade popular. O que é religiosidade
popular? É a forma como o povo tem de expressar a sua fé, por orações,
procissão ou por promessas. Nós vemos muitas pessoas que, nesse dia, vêm pagar
as suas promessas, fazer os seus agradecimentos pelas graças obtidas por intermédio de São Jorge.
Dom
Aloísio Lorscheider, uma vez, usou uma expressão no seu livro: “Quem possui
maior fé: um teólogo ou uma pessoa que vive a religiosidade popular?” Podemos
nos questionar, muitas vezes, como está a vivência da nossa fé mediante a nossa
piedade.
Então,
quero externar o convite à comunidade porto-alegrense, de modo especial à
Câmara de Vereadores, que acatou - não sei se esse é o termo correto - com
solicitude o Projeto do Ver. Professor Garcia e colocou essa Festa tão querida
no Calendário de Eventos do Município de Porto Alegre.
Conto
com a presença de todos e rogo as mais queridas bênçãos de Deus sobre esta Casa
digníssima, que exerce um papel bonito e importante dentro da nossa comunidade,
que pode sempre lutar pelos interesses, principalmente, do povo
porto-alegrense. Agradeço imensamente a todos e rogo as mais queridas bênçãos
de Deus sobre todos vocês e que esta bênção se estenda, também, sobre seus
familiares. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Professor Garcia está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. PROFESSOR GARCIA: Prezado
Presidente, Ver. Dr. Goulart; prezado Padre Vanderlei, prezado João Batista, do
Conselho Paroquial, quero dizer da alegria em recebê-los nesta tarde e de a
Igreja São Jorge poder trazer aqui este convite oficial à Câmara de Vereadores
e à população de Porto Alegre que nos assiste.
Foi
muito bem lembrado pelo Padre Vanderlei, um Padre novo que está chegando na
Paróquia e que está sendo muito bem saudado... Alguns, Padre, perguntaram sobre
o Padre Olavo. O Padre Olavo continua na Paróquia, está doente, mas continua
lá. E o Padre Vanderlei é este sangue novo, e ele está nos proporcionando essa
Festa diferenciada na Paróquia São Jorge, uma missa campal que se realizará ao
ar livre a partir das 9h. Eu também quero dizer àquelas pessoas que não puderem
comparecer às 9h que haverá seis missas no domingo. Ou seja, será um dia de
grande movimentação, e, se as pessoas não puderem comparecer no horário da
missa, às dez horas haverá uma procissão. E o Padre Vanderlei já falou que,
talvez, essa seja a segunda maior procissão de Porto Alegre, com a volta, neste
ano, do trajeto original. Temos a certeza de que as pessoas que forem lá serão
muito bem recebidas: receberão as bênçãos de São Jorge, as bênçãos do Padre
Vanderlei.
Também
quero aproveitar para dizer que haverá o almoço tradicional. São raras as
oportunidades, na nossa Cidade, em que a gente ainda pode, numa Festa dessas,
saborear aquelas comidas que eram servidas antigamente no Interior. Essa será
uma Festa que movimentará a população que mora no entorno, haverá churrasco e
uma breve confraternização.
Então,
eu quero dizer, mais uma vez, da nossa alegria em recebê-los nesta tarde e
quero convidar os nossos Vereadores, familiares e a população de Porto Alegre
para que possam, realmente, estar presentes nessa Festa tradicional da nossa
Cidade. Parabéns, Padre Vanderlei.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
O
Ver. Aldacir Oliboni está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O SR. ALDACIR OLIBONI: Sr. Presidente, em nome da Bancada do
Partido dos Trabalhadores e do PCdoB, eu quero dar as boas-vindas ao Padre
Vanderlei, ao João Batista, do Conselho Paroquial, bem como dizer que, para
nós, cidadãos, Vereadores, Vereadoras, é de extrema importância valorizarmos
essa questão da cultura popular, da manifestação popular e da nossa crença,
independente da nossa religião, do nosso credo. Nós percebemos que, em Porto
Alegre, há vários eventos nesse sentido que acabam complementando a nossa
vontade. A procissão da Nossa Senhora dos Navegantes; a procissão da Paróquia
São Jorge; a Via-Sacra do Morro da Cruz; a procissão da Nossa Senhora de
Lourdes, da Grutinha; são várias as atividades religiosas que já estão no
Calendário Oficial da Cidade, e elas expressam a vontade do cidadão em poder se
encontrar com Deus.
Queira
ou não, todos nós temos a oportunidade de fazer uma enorme reflexão sobre as
nossas vidas. E a gente percebe que esses atos, sejam ecumênicos ou específicos
da religião católica e assim por diante, dão uma demonstração viva de que as
pessoas vão ali para pedir a sua graça ou para colocar o seu agradecimento em
função do tipo de vida que levam. E nós percebemos, então, as pessoas que andam
de pés descalços, as pessoas que andam, de uma certa forma, com algum tipo de
sacrifício, carregando alguma coisa e até vestidas com algum figurino
diferente, como, por exemplo, crianças vestidas de anjo. Eu acho que isso é uma
das coisas lindas que a Cidade tem, porque ela expressa exatamente isto: a
vontade popular. E nós - ao menos eu me considero católico praticante -
percebemos que, dentro da Igreja, devemos valorizar essas iniciativas,
transferindo-as como um ato cultural, como fez o Ver. Garcia, no caso
específico da Festa de São Jorge. Eu tenho ido a várias atividades dessa
Paróquia, inclusive no dia da Festa, na caminhada, e a gente percebe isso.
Quero
parabenizar a iniciativa de vocês e até convidar a Cidade para que, nesse dia,
tenha o seu momento de reflexão, como é feito na Semana Santa, no Natal e assim
por diante. Parabéns por essa iniciativa, esperamos que tenham sucesso, em nome
da Bancada do PT e do PCdoB. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado, Ver. Oliboni.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador.
O
Ver. Ervino Besson está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ERVINO BESSON: Meu
caro Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, nossos caros amigos
que hoje fazem uma visita extremamente importante nesta Casa, Padre Vanderlei e
Sr. Jorge Batista, do Conselho Paroquial da Igreja São Jorge: em nome da
Bancada do PDT, nós queríamos saudá-los, em meu nome e no nome dos Vereadores
Nereu, Neuza, Márcio e João Bosco Vaz.
Sem
dúvida nenhuma, a vinda de vocês hoje ao Parlamento é extremamente importante.
Acho que fica na sua mensagem, Padre, esse alerta para que nós, homens
públicos, pelo menos tenhamos algum momento de reflexão, e esse será um momento
oportuno de nos dirigirmos a uma missa, ou à procissão, enfim, às festividades
lá na Igreja São Jorge.
O
momento político que o País vive hoje nos entristece, portanto a mensagem que o
Padre Vanderlei traz a esta Casa é extremamente importante, muito importante.
Quem sabe, outros Parlamentos também, Padre Vanderlei, recebam a visita de um
sacerdote, de uma pessoa representando um conselho, para que os políticos hoje
tenham mais consciência e se voltem com maior responsabilidade para o povo
deste País, que já é um povo sofredor por natureza, por tantos problemas que
nós vivemos. Infelizmente, há alguns políticos hoje que deixam o nosso
Parlamento com uma imagem muito ruim, e nessa imagem, logicamente, nós, como
homens públicos, também estamos envolvidos. Isso não é nada bom para o nosso
povo.
Portanto,
fica aqui o nosso abraço, a nossa gratidão pela sua vinda hoje, porque, sem
dúvida nenhuma, essa mensagem nos conforta de uma forma muito profunda. Muito
obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado, Ver. Ervino.
O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente,
Ver. Dr. Goulart; Padre Vanderlei Mengue Bock, Sr. João Batista, nós queremos
nos incorporar a todos esses anseios, quando a Paróquia São Jorge comemora os
53 anos da Festa de São Jorge. Festa que envolve um número muito grande da
nossa população, devotos de São Jorge, que tem um papel para os
espiritualistas, de um modo geral, muito grande. Então, o PTB, em meu nome, em
nome do Ver. Brasinha, do Ver. Cássia, quer se somar à Festa, quero dizer que
também vamos participar, já participamos mais de uma vez das festividades ali
da Paróquia São Jorge, pela sua tradição, pela sua história.
Portanto,
receba as nossas homenagens e o agradecimento por anualmente virem à Casa
convidar os Vereadores e demais funcionários para participarem dessa grande
festividade de fé na busca de melhores dias para o nosso povo. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. João Carlos Nedel está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Meu
prezado Padre Vanderlei Bock, Pároco da Paróquia de São Jorge; meu caro João
Batista, do Conselho Pastoral Paroquial; em nome da Bancada do Partido
Progressista, constituída pelo Ver. João Antonio Dib, pela Verª Mônica Leal e
por este Vereador, dou-lhe as boas-vindas, justamente quando vocês vêm nos trazer
boas notícias.
Efetivamente,
essa festividade é importante para a nossa Capital, e digo especialmente pelo
tríduo que será lá proferido e realizado sobre o tema “Fé, Esperança e
Caridade”. Nosso País, hoje, quanto precisa de fé?! Fé em Nosso Senhor Jesus
Cristo, renovada diariamente; fé nos Governos, para que nos orientem; fé no
trabalho, para que nos sustente. E efetivamente nós, cristãos, somos os
depositários da esperança, temos que semear esperança num País com inúmeras
dificuldades, mas cabe a nós, cristãos, sempre sermos o mensageiro da
esperança. Por isso, essa palestra que será proferida pelo Padre Cirineu nos
trará, novamente, renovação da esperança. E a caridade é o amor. O nosso Papa
Bento XVI fez a sua encíclica sobre o amor. São essências da vida: o amor, a
solidariedade.
Então,
meus parabéns pelos temas, vamos fazer o possível para estar presentes, porque
são temas importantes. E também nos sentimos honrados com o convite para a
Festa em si, para a procissão. A nossa Bancada - Ver. João Dib, Verª Mônica
Leal e este Vereador - quer que vocês levem ao Padre Olavo Moesch o nosso
grande abraço, a nossa solidariedade e o nosso carinho. Parabéns e muito
obrigado pelo convite.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra, nos termos do art. 206 do
Regimento.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente desta Casa, saúdo com muita alegria o Padre Vanderlei Mengue
Bock, Pároco da nossa Paróquia São Jorge. E quero, em nome do Partido da Frente
Liberal, externar votos para que essa Festa se reflita em sucesso. E faço uma
confidência: a minha origem é militar - de soldado, cabo -, e São Jorge é
padroeiro de coração de todos nós militares.
Como
foi dito aqui, nós precisamos nos unir em busca da renovação da fé, da
esperança, em todos os sentidos, na busca da credibilidade, na busca do amor,
na busca da fraternidade e da solidariedade, coisas de que nós, brasileiros,
tanto estamos precisando nos nossos lares, nas nossas comunidades, no nosso
País. Que essa Festa seja também um momento de reflexão sobre essas coisas, que
o nosso padroeiro olhe para nós e nos ajude nesses momentos tão necessários.
Obrigado e parabéns.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. JOÃO CARLOS NEDEL: Sr.
Presidente, eu gostaria de registrar e de realçar que um funcionário desta Casa
é festeiro da Festa deste ano, é o funcionário Albano Assis Carvalho da Silva.
Isso para nós é muito honroso. Obrigado, Sr. Presidente.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Luiz Braz está com a palavra, nos termos do art. 206 do Regimento.
O
SR. LUIZ BRAZ: Quero
cumprimentar o Pároco da Igreja São Jorge e dizer que fico feliz, porque,
afinal de contas, é uma Igreja que está lá no nosso bairro, o Partenon, e já
pela 53a vez promove essa Festa. Nos anos anteriores era o Padre
Olavo que vinha aqui fazer o convite para todos nós, Vereadores; agora eu vejo
que a Igreja está se rejuvenescendo, e vem aqui um padre jovem fazer esse
convite, para que esta Casa, mais uma vez, participe da Festa de São Jorge. Eu
posso dizer, com absoluta certeza, que o povo, todo o nosso povo, está
precisando, realmente, de muita coragem, aquela coragem de São Jorge, para ter
a fé suficiente, para que possamos enfrentar todos os obstáculos,
principalmente a grande corrupção que tomou conta do Poder, e acredito que é
necessária a fé do povo para que nós todos possamos derrotá-la. Nós vamos estar
presentes lá, se Deus quiser.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Ver. Braz. Não havendo mais ninguém
inscrito para falar, a Presidência desta Casa convida - juntamente com a
Pastoral da Paróquia, Padre Vanderlei e Sr. João Batista - todos os Vereadores
e todos que nos ouvem para participarem da Festa do dia 23, desse santo que é o
santo padroeiro dos militares, mas que está na casa de quase todos os
brasileiros. Quem não tem uma imagem bonita de São Jorge para lhe dar
confiança, para lhe dar proteção? Aquele santo que um dia o meu pai me ensinou
que era aquela mancha na lua, a imagem que protegia a terra, e agora a gente
ensina isso para os nossos filhos... Um santo que é celebrado por grande parte
da religião irmã como Ogum, também protegendo todos os filhos da religião
espiritualista, da umbanda, do candomblé. Ficamos muito felizes de poder saudar
os amigos que vão promover a Festa desse santo muito forte reverenciado pela
cultura brasileira. Muito obrigado.
Estão
suspensos os trabalhos para as despedidas.
(Suspendem-se
os trabalhos às 14h36min.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart -
14h40min): Estão reabertos
os trabalhos.
Passamos
ao
A
Verª Sofia Cavedon está com a palavra em Grande Expediente.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Dr.
Goulart; Srs. Vereadores e
Sras Vereadoras, sigo o tema do funcionalismo, da Saúde, temas que
têm pautado os nossos debates, as nossas discussões. Há pouco tempo o Dia
Municipal da Saúde nos fez pensar sobre esse tema, e ontem a visita do
Presidente Lula também marcou, aqui na cidade de Porto Alegre, uma presença
importante do Governo Federal no financiamento da Saúde Pública nesta Cidade.
Isso, lamentavelmente, ao lado de uma ausência, de uma retirada de recursos, de
uma omissão do Governo Estadual e, diria, de uma omissão do Governo Municipal.
O
Governo Municipal não faz uma disputa pública dos recursos que o Estado deve,
constitucionalmente, repassar a Porto Alegre, penalizando a Cidade. Penalizando
Porto Alegre! Porto Alegre tinha 1,2% do seu Orçamento para a Saúde de repasses
do Estado, Ver. Dib, e agora são de 0,6% os repasses do Governo do Estado para
a Saúde. Isso na sua Capital! Imaginem qual é a situação dos demais Municípios
deste Estado! Estamos muito longe, portanto, de ter qualquer perspectiva por
parte do Governador Rigotto, que encerra o seu Governo deixando uma marca muito
triste em várias áreas, como a da Segurança. Mas na Saúde, especialmente, é um
desastre para o Estado do Rio Grande do Sul! E nem quero comparar com as suas
promessas de campanha, que eram um deboche para com a população: “Um posto a
cada quilômetro!”
Sobre
o tema da Saúde, nós temos, na nossa Casa, uma CPI funcionando. Por mais que a
maioria dos Vereadores não esteja se dando conta, e por termos controvérsias na
instalação dessa CPI... Particularmente, eu tenho uma opinião - e ainda tenho,
cada vez comprovo mais -, a de que nós deveríamos ter tratado na forma de uma
Comissão Especial o tema da biometria dos funcionários municipais e não na
forma de CPI, que resultou inclusive em um protesto, em uma moção de repúdio na
assembléia dos municipários, porque consideram... E, cada vez que fazemos um
debate na CPI... É sobre isto que eu quero tratar: esse tema é um problema, não
é uma irregularidade, não é um crime que está sendo cometido, é um problema de
desamparo aos trabalhadores municipais, de falta de política pública de Saúde
para os nossos funcionários públicos municipais!
Eu
trago, como exemplo, a morte de um funcionário nosso - aliás, já é a segunda em
dois ou três anos - por acidente de trabalho. Bem, acidentes acontecem, diriam
alguns, mas esse acidente é de grande responsabilidade do gestor público, e ele
é elucidativo da ausência de prevenção. O funcionário Paulo Regis Marsiglia, no
dia 9 de março, fazia parte de uma equipe da Prefeitura que executava a
demolição de uma parte do prédio do DEMHAB, prédio próprio do Departamento, e
levou uma batida na cabeça pela queda de uma viga e de uma parede desse prédio
que estava sendo demolido por uma equipe de funcionários do DEMHAB. O
funcionário Paulo Regis não tinha capacete, mas mais do que isso: o chefe de
equipe - isso consta no laudo que está sendo apurado pelos técnicos do
trabalho, há entrevistas -, ao chegar ao local da demolição, Ver. Ervino, ligou
para a Superintendência do DEMHAB e disse: “Não há condições de realizarmos
essa tarefa, não temos equipamentos apropriados, não temos condições para
realizá-la”. Mas foi dada a ordem para que realizassem o trabalho, e, ao
começarem a demolição, uma parede caiu, e uma viga que nela apoiava, ou
vice-versa, caiu sobre o companheiro, o colega municipário Paulo Regis, que veio
a falecer alguns dias depois em função do traumatismo craniano. E essa situação
já é a segunda que acontece. O DEMHAB, no dia seguinte, contratou uma empresa
terceirizada, porque aquele trabalho não era adequado para aquele tipo de
equipe, para os equipamentos, para o tipo de capacitação que os funcionários
têm para exercer suas funções.
Por
que eu trago esse exemplo? Porque ele nos indigna, indignou os técnicos que
levantaram a situação de morte. E apareceu aqui na CPI que a Prefeitura de
Porto Alegre tem uma única equipe de dez profissionais: apenas dois técnicos de
trabalho, dois médicos do trabalho e outros profissionais auxiliares, que são
responsáveis por toda a prevenção de acidentes e de doenças do trabalho na
Prefeitura de Porto Alegre. São os técnicos que fazem os laudos de
periculosidade, de insalubridade para a concessão do auxílio. E fim. Depois vão
atrás do ocorrido, porque não têm condições técnicas, nem capacidade, nem
horas, obviamente - é uma equipe muito pequena -, para estar nos locais de
trabalho, para fazer uma avaliação dos procedimentos de trabalho, das
condições, do espaço, das rotinas... Então, quanto aos nossos funcionários, nós
não sabemos o quanto adoecem em função do trabalho.
Tivemos na CPI um
depoimento que mencionou que nós não temos nenhum registro de doença de
trabalho na categoria acidente de trabalho. Não temos registro, na Prefeitura
de Porto Alegre, de nenhuma doença de trabalho; só acidentes, eventualmente.
Quando é acidente, é acidente: quebrou uma perna. “O que é a doença de
trabalho?”, perguntei eu na Sessão da CPI. “Olha, doença de trabalho ou doença
profissional são duas categorias. A doença profissional, prevista no INSS, é a
doença de trabalho. Ela precisa de exames complementares, precisa de avaliação
técnica para se fazerem os nexos do sintoma apresentado com a rotina de
trabalho”.
O Sr. Ervino Besson: V. Exª permite um aparte?
A SRA. SOFIA CAVEDON: Já lhe dou o aparte, Ver. Ervino,
deixe-me concluir.
Então,
o que significa isso? Significa que nós não temos, portanto, nenhum
diagnóstico. Não podemos afirmar: “Tantos professores se afastam do trabalho
porque ficam roucos, porque desenvolvem pólipos, porque falam muito ou porque
tem problema de coluna, etc., etc.” Poderia citar “n” funções que resultam em adoecimento
dos funcionários.
Então,
a Prefeitura de Porto Alegre não tem... E isso não é de agora, com o Governo
Fogaça; isso já é um processo histórico. É muito importante que nos demos conta
de que a CPI não está apontando crimes e desvios; esses podem até haver, mas há
um problema sério de desatenção, de desamparo ao nosso funcionalismo público,
de não termos diagnóstico, de não termos - de forma geral, porque eu quero
falar das exceções - programas de prevenção, de proteção, de antecipação dos
acidentes e das doenças de trabalho, programas que curem os nossos funcionários
que reiteradamente entram em biometria.
Ver. Ervino, concedo-lhe o
aparte.
O
Sr. Ervino Besson: Verª
Sofia, V. Exª tem batido já por várias vezes, no seu pronunciamento, nesses
acidentes que houve, um ou dois... Lamentando qualquer tipo de acidente, eu
acho que nós temos todos de lamentar, porque é ceifada uma vida humana. Eu
gostaria que V. Exª pudesse responder: no período dos 16 anos do Governo do PT,
quantos agentes existiram nessa área? Sou grato a Vossa Excelência.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Ervino. Eu não sei o
número, mas não afirmei aqui que esse era um problema de agora, é um problema
que permanece. A minha fala é no sentido do que eu entendo e tenho levado à discussão,
de que esta Câmara poderia contribuir, de fato, com a saúde dos funcionários se
nos debruçássemos sobre as causas que geram as biometrias, sobre as doenças de
trabalho, o estresse dos funcionários, sobre as suas condições.
E,
aí, quero chamar a atenção de alguns programas que começamos a desenvolver no
nosso período e que são programas que tiveram sucesso. Um deles é o mapa de
risco da SMOV, mapeamento que envolve todos os funcionários, técnicos,
gestores, na avaliação, na retomada dos processos de trabalho e na tomada de
medidas, de procedimentos, desde equipamentos de proteção à mudança de relação
na gestão, à mudança das condições físicas de trabalho. O outro é a situação da
CARRIS, que iniciou um programa de tratamento de drogadição e alcoolismo,
reduzindo em 50% a incidência de biometria. Isso já há dois anos, portanto
iniciou na gestão da Administração Popular, porque se detectou o problema e se
construiu o programa para enfrentá-lo.
Então,
senhores, essa é uma questão que, de novo, eu trago aqui, porque a nossa CPI
está esvaziada. De fato, ela nasceu mal, na minha opinião, porque nasceu como
uma investigação de irregularidade, e há uma dicotomia, obviamente. As pessoas
não querem estar procurando culpados, na forma da CPI, é esse o modelo, nem o
Governo traz informações consistentes, nem os Vereadores estão conseguindo
fazer um trabalho producente, na minha avaliação. E só guinando esse trabalho
para detectar as causas e construir alternativas, indicações ao Governo de como
prevenir as doenças de trabalho, é que vamos estar construindo de fato,
valorizando e respeitando os funcionários municipais. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
Srs.
Vereadores, nós informamos que o Sr. Prefeito, segundo prevê a Lei Orgânica do
Município, nos trouxe o Relatório das Atividades da Prefeitura, apresentando em
volumes, em tomos: o balanço do DMAE, DEMHAB, DMLU, da FASC, PROCEMPA e CARRIS;
Balanço da Administração Centralizada; Balanço Geral; Balanço da EPTC, do PREVIMPA
e do GTUR. Esses volumes já estão conosco e ficarão à disposição dos Vereadores
para serem examinados.
Faço
esclarecer ao público, à comunidade porto-alegrense, que essas contas do
Município ficarão também durante trinta dias, o que é feito anualmente, à
disposição de qualquer contribuinte para examinar, apreciar e, inclusive,
questionar a sua legitimidade. Caberá à Comissão de Economia, Finanças,
Orçamento e do Mercosul designar o período, o local e quem ficará à disposição
para prestar informações. Então, dois dias antes da exposição das contas, aí
sim a Mesa Diretora, informada pela Comissão de Economia, Finanças, Orçamento e
do Mercosul, fará esclarecer a comunidade, em edital especial, nos jornais de
grande tiragem da Cidade.
Então,
se a comunidade achar que deve intervir em qualquer dessas informações de
conta, poderá fazê-lo por intermédio de representações encaminhadas à Comissão
de Finanças que vai fazer chegar até o Sr. Prefeito por meio desta Presidência.
Essas
são as disposições da Lei Orgânica que faço informar ao Plenário e a quem mais
interessar. Os tomos já estão à disposição para apreciação dos Vereadores, é só
se informar com a Diretora Legislativa.
A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra em Grande Expediente, por cedência de
tempo do Ver. Valdir Caetano.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, eu queria,
preliminarmente, agradecer ao Líder da Bancada do PL, Ver. Valdir Caetano, que
me disponibilizou esta intervenção.
Eu
quero, então, iniciá-la fazendo alguns agradecimentos, inicialmente, à Verª
Margarete Moraes, que denunciou desta tribuna - e isto repercutiu na coluna da
jornalista Vera Spolidoro - a existência de duas pessoas que estavam inscritas
no Programa Bolsa Família e que detinham um Cargo em Comissão, o que as
colocavam, concretamente, fora daquela exigência de carência que deve ser a
característica das cidadãs e dos cidadãos que utilizam esse programa. Não sei
se todos sabem, o Bolsa Família é a unificação de três programas já existentes
no Governo passado, do então Fernando Henrique Cardoso: o Bolsa Escola, o Bolsa
Alimentação e o Auxílio Gás.
Aqui
no Município de Porto Alegre, pelos dados de março de 2005, havia,
aproximadamente, 27 mil famílias que eram beneficiadas com o Programa Bolsa
Família. Nós sabemos que esse programa tem uma enorme limitação, considerando
que não é um programa que abre portas para uma inserção em nenhum outro
programa de inclusão social, mas nós achamos extremamente importante a
existência de um programa em um País como o nosso, em que uma grande parcela do
seu povo não recebe sequer o suficiente para sua sobrevivência. E eu quero
agradecer, mais uma vez, à Verª Margarete Moraes por trazer a esta tribuna, por
dar publicidade a um problema extremamente grave e inadmissível em qualquer
Governo, que é o fato de uma pessoa que não está apta a utilizar um programa
social do Governo assim o faça.
Segundo,
eu queria parabenizar a jornalista Vera Spolidoro, que imediatamente repercutiu
a denúncia da Verª Margarete e enviou uma carta à Prefeitura fazendo essas
denúncias, colocando, inclusive, quem eram essas pessoas, o que facilitou
enormemente uma ação imediata da nossa Prefeitura. E está publicada, no Diário
Oficial de hoje, a exoneração das duas pessoas que detinham cargos e
assessorias comunitárias no DEMHAB.
Eu
acho que um programa social que envolve, aproximadamente, mais de 30 mil
pessoas, para ser isento, necessita de uma enorme organização do Governo,
necessita também de um absoluto acompanhamento de todas as pessoas e,
fundamentalmente, de nós, Vereadores, que temos a função precípua de
fiscalização dos órgãos do Executivo.
E
eu queria também, tratando desse tema, solicitar aquilo que tem sido
oficialização freqüente do nosso Governo, que é no sentido de fazer com que
todas as pessoas se coloquem como cidadãos gestores, co-responsáveis das nossas
políticas públicas. Eu acho que a decisão rápida, urgente, transparente e
punitiva da nossa Prefeitura em relação a essas duas pessoas que, indevidamente
e sem o conhecimento do nosso Governo, usufruíam desse benefício, a cesta
básica, nos coloca, mais uma vez, como um Governo que prima pela questão da
transparência, da ética e da moralidade pública.
Fiz
questão de trazer essa temática a esta tribuna, porque acho muito importante
que todos os cidadãos percebam que faz parte do nosso conceito de Governo a
transparência das suas gestões. Não está na nossa proposta esconder nenhuma das
dificuldades ou possíveis irregularidades que sejam feitas individualmente por
desconhecimento de qualquer pessoa que tenha qualquer vinculação política ou
institucional conosco. Acho que o momento que o Brasil vive agora, com uma
crise ética profunda, põe em descrédito todas as instituições públicas; acho
que um ato de fiscalização e um ato de resposta positiva a essa fiscalização
constituem, inclusive, uma referência de comportamento de gestão pública que
tem de ser colocado, divulgado, evidenciado, como uma forma, também, de mostrar
à população as diferenças de posições de administração pública, a nossa defesa
da transparência, da ética, de não sermos coniventes com qualquer procedimento
desse tipo.
Sabemos
que as pessoas que são atendidas por um programa como esse são pessoas que não
dispõem de outras condições para sobreviver, muitas delas, inclusive, não podem
contribuir com a alimentação das suas famílias. Portanto, é fundamental a
fiscalização para que, efetivamente, as pessoas que mais necessitam sejam
priorizadas, selecionadas, para que cheguem até elas as cestas básicas
distribuídas, a partir do cadastramento, do acompanhamento, no caso, do
Município, porque o Programa Bolsa Família é feito em uma parceria com o
conjunto das Prefeituras brasileiras, que são co-participantes desse programa.
Queria
ainda, no tempo que me resta, dar algumas informações sobre um tema colocado
aqui pela Verª Sofia Cavedon, sobre as iniciativas que nós, como Prefeitura de
Porto Alegre, temos tomado no sentido de humanizar os serviços, de garantir uma
política de acolhimento em situações de licenças médicas aos nossos
funcionários. Eu queria destacar, entre as inúmeras medidas tomadas, a
implantação da Coordenação da Qualidade de Vida voltada ao servidor, que é o
organismo responsável pelo desenvolvimento de ações e projetos voltados não
apenas à saúde, mas, também, ao bem-estar dos funcionários públicos municipais.
Já
que está se encerrando o meu tempo, Sr. Presidente, queria dizer que foi muito
importante quando deflagramos esse programa, quando nós instituímos, a partir
de um seminário, uma série de políticas em todos os órgãos públicos, para que
pudéssemos desenvolver ações preventivas, para que pudéssemos dar mais
qualidade de vida ao conjunto dos trabalhadores municipais, que são os
funcionários públicos do nosso Município.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Passamos
às
O
Ver. Ibsen Pinheiro está com a palavra em Comunicações.
O
SR. IBSEN PINHEIRO: Eu
desisto, Sr. Presidente, com a intenção de contribuir a que cheguemos à Ordem
do Dia antes do pôr-do-sol.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Excelência. Desiste o Ver. Ibsen Pinheiro, imaginando que contribui para o
início dos trabalhos de apreciação dos Projetos.
O Ver. José Ismael Heinen está com a palavra em
Comunicações.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Exmo
Sr. Presidente desta Casa, digno Ver. Dr. Goulart; Exmas Vereadoras,
Exmos Vereadores, público que nos acompanha no plenário, meus
senhores, só no contraponto, ao nobre Ver. Ibsen Pinheiro, que eu admiro tanto,
eu gostaria de fazer a mesma coisa, mas há três Comunicações eu não consigo
falar.
Hoje,
Sr. Presidente, por uma questão de justiça, de defesa da democracia, quero
ressaltar, meu nobre e eterno Presidente Elói Guimarães, a posição tomada pela
Comissão de Ética do nosso Parlamento da Câmara Federal, com certeza não
inocentando, não arquivando o processo contra o Deputado Onyx Lorenzoni, mas,
com certeza, salvaguardando os preceitos democráticos da nossa Casa maior. Oito
deputados de diversos Partidos desqualificaram a denúncia, e três não
compareceram, Ver. Elói Guimarães, sequer para justificar a inconformidade. É
lamentável, porque eu acho que a Comissão de Ética, no momento em que a pessoa
é denunciada, não deve se esconder, acovardar-se em dizer que concorda ou não
concorda. Agora, ausentar-se, eu acho que não é um papel digno dos
Parlamentares que formam a nossa democracia.
Eu
tenho certeza de que a Comissão de Ética honrou bravamente aqueles que a
compuseram em sua missão de democratas. Porque o Deputado Onyx Lorenzoni não
fez nada mais, nada menos do que cumprir com o seu dever de Parlamentar.
Sabedor de irregularidades, numa reunião reservada da Comissão, tendo
descoberto a não-declaração do imposto de renda de Sua Excelência José Dirceu -
que não declarou no seu imposto de renda empréstimo recebido do PT, da mesma
forma como outros o fizeram -, foi intimidado pelo Partido do Governo Federal,
com isso querendo intimidar a todos os Parlamentares da Câmara, querendo
jogá-lo e culpá-lo numa Comissão de Ética.
Eu
acho, Deputado Ibsen, a quem eu tenho como exemplo, que nesta tribuna nós temos
que falar pelo bem da causa pública, assim como na tribuna das Assembléias e da
Câmara de Deputados, com suas Comissões, que ainda são uma das vanguardas da
nossa democracia, em que podermos exercitar o que quisermos falar. E isso o
Deputado Onyx Lorenzoni fez, por isso tentaram intimidá-lo, mas não
conseguiram. Eu quero parabenizar os componentes da Comissão de Ética, porque
eles não defenderam o Onyx, defenderam o privilégio de ainda termos uma
democracia.
Mas,
lamentavelmente, salva-se mais um: S. Exa. o Deputado Federal José Mentor, que
eu acredito que vá compor, se já não está compondo, os quarenta da organização
criminosa, dito pelo Procurador Geral da República.
Eu
gostaria de saber - e um dia haveremos de saber, porque a sociedade não se
calará se não puder ver a declaração do destino do dinheiro confesso dos
agentes corrompidos e corruptores desse quadro triste da história do nosso País
- onde estão os quatro milhões que o Jefferson disse ter recebido? Onde estão os
200 milhões ou 500 milhões que fulano diz ter recebido? Eu gostaria de ver,
nobre Ver. João Dib, a declaração de renda desses cidadãos brasileiros, se lá
isso vai constar. Se o “mensalão” não é crime, se ele é válido, ao menos tem
que estar na declaração de renda desses cidadãos.
Então,
quero, de público, me congratular com o Deputado Onyx Lorenzoni, do Partido da
Frente Liberal, por sua atitude corajosa, de discernimento, de participação,
inclusive propondo alternativas para a Sub-relatoria que era responsável,
sugerindo a criação do Sistema Nacional de Combate à Corrupção, necessário para
que permanentemente a democracia seja vigiada. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A Verª Maria Celeste está com a palavra
em Comunicações.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores, ocupo este período de
Comunicação e, neste primeiro momento, faço um agradecimento especial à Verª
Clênia, pela sua fala na tribuna, em nome da nossa Bancada, sobretudo em nome
da Verª Margarete Moraes, pela presteza do Governo Municipal e do Prefeito em
agir prontamente com relação à denúncia colocada pela Verª Margarete nos órgãos
de comunicação, num processo de fiscalização que tem que ser de todos nós, Ver
Sebastião Melo, não apenas do órgão executor. E, bravamente, corajosamente, a
Verª Margarete se colocou nesse papel de fiscalização, que é papel dos
Vereadores desta Casa.
Em
segundo lugar, quero dizer da nossa alegria - eu e o Presidente da Comissão de
Direitos Humanos, a meu convite, o Ver. Todeschini - de ontem à noite estarmos
na Zona Norte conversando com alunos de grêmios estudantis e líderes de turmas
de algumas escolas da região, que vinham já apresentando alguns problemas
relacionados à Segurança Pública. E nós - e o conceito de Segurança Pública vai
para além da ação repressiva e repressora e da ação policial - entendemos ser
necessário agir e reunir-se com esses alunos líderes de turmas, não com os
fatos pontuais da falta de policiamento, do assalto, do roubo de carro, e a
gente tem visto pelos jornais de nossa Cidade: são 18 carros roubados por dia
na cidade de Porto Alegre. A Polícia Civil sabe, a Brigada Militar sabe, há um
mapeamento estatístico das zonas onde ocorrem o maior número de assaltos em
nossa Cidade, dos bairros mais violentos de nossa Cidade, e não há uma ação do
Estado sobre isso. Mesmo que estatisticamente os dados estejam aí, colocados na
imprensa cotidianamente, o que a gente vê é uma omissão do Secretário e da
Secretaria de Segurança do Estado do Rio Grande do Sul.
Mas
queremos falar de Segurança Pública no seu todo. E foi disso que falamos ontem
à noite com os professores, com os alunos da Zona Norte, Ver. Todeschini,
quando começaram a colocar as questões de responsabilidade da Prefeitura
Municipal, quando começaram a aparecer as queixas, Verª Clênia Maranhão, da
falta de iluminação pública no entorno daquelas escolas. E não é a falta apenas
de lâmpadas, a respeito do que bem o Secretário da SMOV tem-se posicionado.
Inclusive, hoje pela manhã, eu o ouvia pelo rádio também, quando dizia que está
colocando lâmpadas em toda a Cidade. Não é uma questão apenas de colocar
lâmpadas: há a necessidade de colocar postes, o que não existe nas ruas de
acesso àquela região da Zona Norte de Porto Alegre. Há a necessidade da poda
das árvores, de serviços básicos, elementares; há a necessidade do cuidado das
praças no entorno das escolas, da capina daquela praça. O mato alto propicia a
que os marginais possam se esconder e assaltar os alunos daquelas escolas da
região. Há arrastões feitos nas saída dos alunos das escolas, porque há
possibilidade de se esconderem nas praças do entorno daquela região. Isso é o
serviço mínimo, isso é Segurança Pública. Nós temos uma Secretaria no Município
que se destina a debater esse tema, e não há uma ação mais efetiva.
Então,
as queixas vêm no contexto da Segurança Pública, porque acontecem assaltos:
assalto a mão armada a uma professora, a um aluno, acontecem arrastões aos
alunos da escola. Mas, se nós percebermos, há um conteúdo de fundo, um contexto
de fundo, que é de responsabilidade também do Município, quando não há
iluminação pública; quando não há poda adequada das árvores; quando o sistema
viário no entorno possibilita a ação dos marginais, porque não há a
fiscalização, por exemplo, da EPTC nos cruzamentos no entorno daquelas escolas;
quando há um descaso com os alunos, que são largados pelas empresas de ônibus
de qualquer jeito, de qualquer forma; quando os horários dos ônibus atrasam e
muito, aumentando a permanência dos alunos nas paradas de ônibus. Isso é
Segurança Pública, e essa é a responsabilidade, sim, do Município de Porto
Alegre.
Nós,
então, tivemos a alegria, Sr. Presidente, de poder estar conversando com esses
alunos da Região Norte de Porto Alegre e, logo mais, estaremos fazendo, sim,
uma Audiência Pública na Câmara Municipal. Já solicitamos ao Presidente da
Comissão de Direitos Humanos para que possamos estar cumprindo o nosso papel
tão bem como a Verª Margarete fez ao denunciar os casos da relação do Programa
Bolsa Família no Município. Muito obrigada, Sr. Presidente.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. Dr. Pinto está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo da
Verª Maristela Meneghetti.
O
SR. DR. PINTO: Em
primeiro lugar, saúdo o Presidente, meu querido amigo e colega Dr. Goulart;
saudação esta extensiva às Sras Vereadoras e aos Srs. Vereadores,
bem como aos demais membros desta Casa. Senhoras e senhores, novamente hoje me
foi dada a oportunidade de participar dos trabalhos deste Colegiado, neste
espaço oportunizado pela Verª Maristela Meneghetti, à qual externo meu
agradecimento e meus votos de melhora.
Constantemente
sou procurado - pessoalmente ou por meio do meu site - no sentido de
buscarmos uma solução efetiva e adequada para as vagas de estacionamento
reservadas aos deficientes em locais públicos e nos demais locais, como
supermercados, hospitais, casas de espetáculos, porquanto essas vagas vêm sendo
utilizadas por pessoas não-deficientes, transportadores, companhias de serviços
e tantos outros. Peço a solidariedade dos integrantes desta Casa na busca de
uma solução rápida e realmente eficaz junto à EPTC. Nesse sentido, peço que a
Câmara Municipal oficie sobre o fato narrado ao Diretor da EPTC, órgão de
fiscalização e controle do trânsito em nossa Capital. Agradeço a atenção.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A
Verª Manuela d’Ávila está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo
do Ver. Raul Carrion.
A
SRA. MANUELA D’ÁVILA: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, no dia de ontem, eu,
o Ver. Aldacir Oliboni, o Ver. Carlos Comassetto, o Ver. Raul Carrion saímos
para a visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Estado do Rio Grande
do Sul e pudemos ter a convicção, Verª Maristela Maffei - que estava dentro de
um tumultuado plenário naquele momento -, de que foi um dia muito importante
para o nosso Estado e para a nossa Capital.
É
uma agenda, e alguns tentam descaracterizá-la, que evidencia justamente os
investimentos feitos no nosso País no último período, para que o nosso País
volte a crescer, tenha uma infra-estrutura para se desenvolver, para que seja
um País em que o povo seja tratado da maneira que merece, porque paga impostos
e contribui a fim de que, efetivamente, existam esses investimentos.
Quando
nós dizemos, Ver. João Antonio Dib - que sempre está atento às manifestações do
Plenário -, que saímos do apagão do Fernando Henrique e passamos para o “Luz Para
Todos”, do Lula e do povo brasileiro - porque é para todos, nós estamos falando
que direitos elementares que, há muito, estão garantidos nas leis podem existir
de verdade -, nós não estamos falando de subjetividades, estamos falando de
direitos reais, objetivos, de coisas concretas que passam a existir na vida do
povo e que não existiam antes.
Quando
nós ouvimos um cidadão, um caingangue, como o Sr. João Ribeiro, dizer que o
preço da luz é alto, nós estamos vendo alguém que conhece a eletricidade se manifestar
sobre o preço da luz, alguém que passa a conhecer mais profundamente os seus
direitos e a dura realidade de vida do povo. Porque só se sabe que a luz é cara
quando se tem alimentos bem armazenados, Verª Mônica Leal, numa geladeira
ligada à eletricidade, que garante, em última instância, saúde para esse mesmo
povo.
Quando
nós dizemos que saímos do apagão do Fernando Henrique para o “Luz para Todos”,
do Presidente Lula e do povo brasileiro, nós estamos dizendo que o nosso povo
não está tendo mais do que o seu direito, isso é obrigação de um governante.
Todos deveriam ter feito isso antes, mas precisou que um operário chegasse ao
poder para que esse direito elementar - tão simples para todos nós que vemos a
luz, que tomamos banho quente, que temos a nossa geladeira em casa - chegasse
àquele caingangue, depois de muitos anos, para que ele pudesse saber o preço de
uma conta de luz.
Quando
nós vemos o parque eólico em Osório, nós podemos ver um País gigantesco como o
nosso ter o presente que merece, e não as promessas de futuro que nos eram
feitas, mas o presente, o dia de hoje, o dia de ontem, o futuro próximo, real,
o futuro que este País merece, construído num presente de investimento em
infra-estrutura, e não imaginário, ou construído apenas em discurso. Nós
podemos ver a perspectiva de ter energia elétrica para o chamado
desenvolvimento, pois, sem energia elétrica, não existe indústria, parque
industrial que funcione, Ver. João Antonio Dib; não existem casas iluminadas,
não existe gente que é tratada como gente, mas existe atraso, existe
pré-revolução industrial.
Quando
nós podemos entrar, como nós entramos ontem, na nova Emergência do Grupo
Hospitalar Conceição - infelizmente, o Governador do Estado não quis ou não
pôde estar presente -, nós podemos ver o que significam 31 milhões de reais a
mais de investimento em quatro anos. São 31,5 milhões de reais a mais
investidos num Hospital que têm 6.448 funcionários empenhados, esforçados, mas
que, sem estrutura, sem recurso público, não têm como fazer milagres. Mas com
31 milhões de reais a mais - eu repito esse número, porque é o dinheiro do
povo, é o imposto que o povo brasileiro recolhe... E ali ele está. São 31
milhões de reais, Ver. Dr. Goulart, médico apaixonado pelo SUS; V. Exª também
esteve lá.
Nós
podemos ver um QualiSUS, que dá cidadania às pessoas a partir de um tratamento
adequado, e isso não é nada mais do que uma obrigação, não é verdade, Sr.
Presidente? Mas são tão difíceis essas obrigações se tornarem realidade.
Quando
nós vemos um hospital público, uma Emergência pública, Ver. João Antonio Dib,
com as características dos hospitais privados mais caros, nós podemos ter a
convicção de que o nosso País cresce e de que o nosso povo é tratado com a
dignidade que merece. E o Presidente Lula, certamente, Ver. Todeschini, não faz
mais do que a sua obrigação, mas ele faz a sua obrigação, ele faz “o seu dever
de casa”; aquele dever que muitos já poderiam, já deveriam, já tiveram a
oportunidade de fazer e não fizeram. É óbvio que, enquanto nós dávamos leitos e
instalações de Primeiro Mundo para a população atendida pelo SUS, alguns
reclamavam e faziam, do lado de fora, propaganda de Geraldo Alckmin. Mas nós
sabemos o que vimos, nós sabemos o que os 12 mil pacientes do nosso Estado e da
nossa Cidade que circulam por dia no Hospital Conceição, atendidos pelos seis
mil empenhados funcionários daquele Hospital, vão fazer com aquilo que lhes foi
entregue. Parabéns, Presidente Lula; parabéns aos 6.448 funcionários do Grupo
Hospitalar Conceição, que demonstram que o que é público pode dar certo, que
pode ser um verdadeiro sucesso, como foi a abertura do QualiSUS no nosso
Estado, no dia de ontem. Obrigada, Sr. Presidente.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigada, Excelência.
O
Ver. Claudio Sebenelo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO:
Sr. Presidente, Srs. Vereadores, especialmente a Verª Manuela d’Ávila: não sei
se lhe mostraram ontem, Vereadora, a antiga Emergência que ainda está em
funcionamento, Emergência que o Presidente do Sindicato Médico chamou de navio
negreiro.
Ontem,
a Bancada do Partido dos Trabalhadores, inclusive a sua Líder, Verª Sofia
Cavedon, falava do Dia do Índio. Como diria Jorge Bem: “Todo dia era dia de
índio.” Mas, no Dia do Índio, lamentavelmente, o Presidente foi fazer uma
visitinha para os índios! Que lindo, não é?! O nosso querido Presidente Lula! E
aí o que é que nós vimos? O Presidente do Cimi - Conselho Indigenista
Missionário -, Roberto Antonio Liebgott, que se notabilizou como grande
sertanista, um especialista no assunto, exarou ontem um documento dizendo
apenas que, enquanto se acumulam processos demarcatórios, se intensifica a
violência contra os povos indígenas, e as agressões correspondem
invariavelmente às regiões onde não há recursos. E, mesmo com a
gravíssima situação da Saúde e dos assustadores índices de desnutrição, de
mortalidade infantil e de endemias, o Governo aplicou apenas 19,77% do
Orçamento disponível - é uma pena que a Verª Sofia Cavedon não possa me ouvir
porque está ao telefone. Mas quero dizer que, de 1 milhão e 54 mil reais
previstos para a Saúde indígena, foram aplicados apenas 20%.
Por
isso, Verª Manuela, experimente conversar com os funcionários do Grupo
Hospitalar Conceição; experimente conversar com as pessoas que estão aguardando
uma vaga lá no Hospital; pergunte qual o número de leitos que havia antes e
quantos há agora, e V. Exª verá, com toda a tranqüilidade, que esse mar de
rosas só ocorreu durante a visita do Presidente. As ruas foram pintadas,
fizeram aquelas coisas que nós já conhecemos, mas foi proibido protestar.
Inclusive foi reprimido violentamente o protesto ontem. Quando Fernando
Henrique esteve aqui, quebraram tudo lá na ala nova do Aeroporto em sinal de
protesto. Agora, quando vem o Presidente Lula aqui, os protestos são
reprimidos, porque só o Partido dos Trabalhadores ou o Partido Comunista podem
protestar.
É
absolutamente farisaico esse auto-elogio ridículo que é feito quase que
permanentemente; ontem, inclusive, no discurso do Presidente também havia, e
ele não fez mais do que a sua obrigação. Mas foram caríssimos esses novos 50
leitos, para os quais foram gastos 30 milhões de reais! E o Presidente não
inaugurou o Hospital, apenas a Emergência; já se viu coisa bem melhor por aqui.
Eu peço à Verª Manuela que visite as Emergências de Porto Alegre e veja como
está a Saúde em nossa Cidade. É muito fácil falar, é extremamente fácil falar.
(Manifestação
anti-regimental da Verª Manuela d’Avila.)
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Eu
pediria ao Presidente que assegurasse o meu tempo.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Está
assegurado o seu tempo, Vereador.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Que
bom, porque eu estou sendo aparteado em caráter permanente desde que cheguei.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Por gentileza, vamos lá.
O
SR. CLAUDIO SEBENELO: Então,
essa forma de dizer: “Que coisa lindinha é o Dia do Índio, que coisa linda a
inauguração”... Puxa! Mas vamos ver os bastidores disso, vamos ver como
funcionam as coisas na realidade e não dessa forma americanizada, toda cheia de
enfeites por fora, como diriam as sagradas Escrituras: sepulcros caiados. Tudo
muito pintadinho por fora, mas a base do sistema, porque há acúmulo de pessoas,
não foi resolvida. A questão da Saúde ainda tem uma carência brutal de
recursos. A mortalidade infantil dos índios só foi lembrada ontem num documento
sobre o qual todo o mundo veio fazer oba-oba na tribuna e dizer: “Palmas para o
Presidente, que foi fazer uma visitinha para os índios no Dia do Índio”. Ora!
Por favor, um pouco mais de seriedade com relação a assuntos tão graves como
estes que são trazidos aqui.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Obrigado, Excelência.
O
Ver. Ervino Besson está com a palavra em Comunicações, por cedência de tempo do
Ver. João Bosco Vaz.
O
SR. ERVINO BESSON: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores
que nos acompanham nas galerias e pelo Canal 16 da TVCâmara, saúdo a todos e a
todas. Agradeço ao estimado colega Ver. João Bosco Vaz por ter-me concedido seu
tempo no dia de hoje, no período de Comunicações.
Quando
a gente pensa que acabou a baderna, que acabaram as invasões, as depredações, o
desrespeito à Constituição, que dá o direito à propriedade, vemos as notícias
dos jornais, os noticiários do dia de ontem na televisão, que nos chocaram de
uma forma muito profunda. O grupo que lidera o MST é de uma irresponsabilidade
tamanha que não sei onde é que nós vamos chegar! Agora, eu quero colocar, mais
uma vez, que não sou contra a Reforma Agrária, até porque o meu Partido sempre
defendeu e sempre defenderá uma Reforma Agrária legítima e ordeira. Foi o
Leonel Brizola que fez a verdadeira Reforma Agrária sair do Banhado do Colégio.
O
que nós vimos na televisão ontem à noite foi, mais uma vez, uma invasão à
Fazenda Coqueiros. Estão aqui os jornais. (Mostra o jornal.) Pessoal da
TVCâmara, vamos mostrar mais uma vez, para que a população veja aqui a
depredação, o vandalismo que essas pessoas estão fazendo nas invasões. Mas até
quando?! Até quando, meus caros colegas Vereadores e Vereadoras?! E aqui,
praticamente, em todas as Sessões, Vereadores reclamam da nossa insegurança!
Com o que nós concordamos; agora, nós não podemos esquecer que centenas de
policiais teriam que estar aqui na nossa Cidade e em outros Municípios dando
segurança para a nossa população. Onde é que eles estão? Cuidando dessas
invasões, dessa anarquia, dessas pessoas irresponsáveis que estão invadindo as
propriedades, depredando, incendiando! Essas propriedades que produzem, que trazem
riquezas e divisas aqui para o nosso Estado são invadidas! (Mostra o jornal.)
Está aqui o fogo queimando, as madeiras queimando, estruturas que são usadas na
propriedade!
Vamos
confiar no sentido de que isso que está acontecendo não passe mais uma vez
impunemente. Eu ainda confio no nosso Poder Judiciário! Nós temos que confiar
no nosso Poder Judiciário! Temos que dar um basta nisso! Está na hora de dar um
basta nisso, nessa anarquia, em tudo que está acontecendo com essas invasões de
propriedade! O líder do MST tem que ter responsabilidade e pelo menos ler
aquela parte da nossa Constituição que dá o direito de propriedade.
A
Sra. Maristela Maffei: V.
Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Obrigada, Vereador. Eu quero
oportunizar, porque vou fazer uso da Liderança depois, e dialogar com Vossa
Excelência. E também leio aqui (Lê.): “No lançamento do relatório “Conflitos no
Campo - Brasil 2005”, na sede da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Dom
Tomás, defensor dos sem-terra, apoiou o ato das mulheres da Via Campesina e
disse que a Aracruz não pode reclamar do ato de violência sofrido em dia 8 de
março”. Também disse que ela não tem moral nenhuma neste País, depois de tudo
que tem feito em relação ao nosso solo e subsolo.
Vereador,
eu quero entregar a V. Exª este relatório, até porque Jango, com certeza,
estaria assinando embaixo este relatório, porque ele era um grande democrata,
um grande trabalhista e, com certeza, deve estar, com toda a franqueza, um
pouco decepcionado, ou bastante, com a sua fala, mas a gente respeita, nem todo
o mundo tem a mesma formação. Muito obrigada.
O
SR. ERVINO BESSON: Vereadora,
sou católico-apostólico-romano de berço, com muito orgulho digo isto: não
concordo com essa matéria, ela está no meu gabinete, recortei essa matéria, não
concordo com a posição do Bispo, não recordo o nome dele. Não concordo com essa
posição, com muito respeito, não concordo com isso. Eu acho que não foi uma
decisão da CNBB, e sim uma decisão pessoal. Acho que não é o caminho, não concordo
com a matéria do nosso querido Bispo. Sinceramente, ele ouviu algo e não está
muito bem informado do que se passa.
Nós
tivemos oportunidade, nós fomos até a Aracruz - eu, o Presidente Dr. Goulart e
o Ver. Sebenelo. Foi chocante o que vimos e ouvimos dos diretores de uma
empresa que traz divisas, traz riquezas e traz trabalho para o nosso Estado,
para milhares de pessoas, empregos diretos e indiretos para o nosso Rio Grande.
Portanto,
encerro dizendo que, mais vez, temos que confiar no Poder Judiciário. Por
favor, não deixem passar impune mais esse episódio que está acontecendo e,
principalmente, o episódio da Aracruz. Muito obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado.
Passamos
à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
N. 0857/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 031/06, de autoria do Ver. Adeli Sell, que
denomina Praça Nilva Mortari o logradouro público não-cadastrado, conhecido
como Praça 3137, localizado no Bairro Santa Maria Goretti.
PROC.
N. 1413/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 060/06, de autoria do Ver. Sebastião Melo, que concede o título
honorífico de Líder Comunitário à Senhora Elvira Centena da Silva.
PROC.
N. 1659/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 064/06, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que dispõe sobre a
concessão do Prêmio de Ciência e Tecnologia Mário Schenberg, no ano de 2006.
PROC.
N. 1088/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 056/06, de autoria do Ver. Professor Garcia, que altera o art. 3º da
Resolução 1.867, de 23 de novembro de 2004, que institui a Semana da Mulher e o
Prêmio Mulher em Ação na Câmara
Municipal de Porto Alegre, estabelecendo que a entrega do Prêmio será
feita por meio de Resolução de Mesa.
PROC.
N. 1510/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 059/06, de autoria do Ver. Carlos Todeschini, que
concede o título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Padre Roberto Paz.
PROC.
N. 1701/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 065/06, de autoria do Ver. Adeli Sell, que concede o
prêmio artístico “Lupicínio Rodrigues”
à Artista Adriana de Almeida.
PROC.
N. 0025/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 002/06, de autoria do Ver. Adeli Sell, que concede o
título honorífico de Cidadão de Porto Alegre ao Padre Edgar Jotz.
PROC.
N. 1298/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 051/06, de autoria dos Vereadores Ervino Besson e
Bernardino Vendruscolo, que institui o Dia do Pescador no Município de Porto
Alegre e destina, anualmente, Sessão Solene para comemoração da data.
PROC.
N. 1447/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 058/06, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, que altera a
redação do art. 1º da Lei n. 3.893, de 12 de julho de 1974, que institui a
Bandeira do Município de Porto Alegre e dá outras providências, prevendo o
hasteamento da Bandeira do Município de Porto Alegre em ocasiões em que forem
hasteadas as Bandeiras Nacional e do Rio Grande do Sul.
PROC.
N. 1695/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 065/06, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que
denomina Rua Irmã Inês Favero o logradouro público não-cadastrado, conhecido
como Rua 1948 – Loteamento Wenceslau Fontoura, localizado no Bairro Mário
Quintana.
2ª SESSÃO
PROC.
N. 6135/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 287/05, de autoria da Ver.ª Mônica Leal, que institui
a obrigatoriedade da divulgação de mensagens educativas relativas à preservação
ambiental em material impresso e promocional do Município ou empreendimentos
patrocinados.
PROC.
N. 7180/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 328/05, de autoria do Ver. Carlos Comassetto, que reconhece Porto Alegre
como Cidade Amiga da Amazônia, regulamenta o consumo de madeiras pelo Poder
Público Municipal e dá outras providências. Com Emenda n. 01.
3ª SESSÃO
PROC.
N. 0654/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 033/05, de autoria da Ver.ª Margarete Moraes, que determina
que os cargos em comissão da Administração Pública Municipal, direta e indireta
sejam exercidos por servidores do quadro efetivo do Município no percentual de,
no mínimo, quinze por cento.
PROC.
N. 1408/06 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 056/06, de autoria do Ver. Raul Carrion, que denomina
Praça da Família Imigrante o logradouro não-cadastrado, conhecido como Praça
1054, localizado no Bairro Centro.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, assisti a um simpósio
e ouvi uma frase da qual não me esqueci mais: “É preciso não confundir leis com
histórias em quadrinhos, feitas em quantidade para agradar.” Esta Câmara precisava
aprender essa lição.
O
Ver. Professor Garcia quer fazer uma alteração na Resolução que institui a
Semana da Mulher e o Prêmio Mulher em Ação na Câmara Municipal de Porto Alegre.
Eu passei tempo olhando o que é que ele queria. Ele acrescenta à “Resolução” a
expressão “de Mesa”. Eu acho que era dispensável. É gasto de papel e gasto de
tempo.
O Ver. Todeschini pretende
fazer uma alteração apenas ocasional, pontual, este ano, no Prêmio de Ciência e
Tecnologia Mário Schenberg. Não será a primeira vez que a Câmara fará isso; se
fizer, é a segunda. É que, segundo o Ver. Todeschini, uma jovem cientista,
Bacharel, Mestra e Doutora em Biologia Celular e Molecular, da Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Ana Beatriz Gorini da Veiga, no ano de 2005, recebeu
o Prêmio Jovem Cientista, categoria Graduado, XXI edição, maior premiação para
essa área na América Latina. Parece que, tendo havido um precedente, até cabe.
Por isso, como eu não
quero perder mais tempo discutindo as leis, que não devem ser como “histórias
em quadrinhos, feitas em quantidade para agradar”, eu digo: saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. CARLOS TODESCHINI: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, público que nos
assiste, servidores municipais, o nosso abraço!
Eu
me inscrevi hoje, Presidente, porque estamos propondo um Projeto para
homenagear a nossa jovem cientista Ana Beatriz Gorini da Veiga, que no ano de
2005 recebeu o Prêmio Jovem Cientista, categoria Graduado, da XXI edição, a
maior premiação para essa área na América Latina.
O
Prêmio Jovem Cientista foi criado em 1981 com o objetivo de incentivar a
pesquisa no Brasil. É considerado, pela comunidade científica, uma das mais
importantes premiações do gênero na América Latina. A entrega dos Prêmios é
feita pelo Presidente da República e pelos mais respeitados nomes da ciência
brasileira. Os temas escolhidos são sempre de interesse direto da população e
buscam soluções para problemas encontrados em seu cotidiano. O desse ano teve
como tema: “Sangue: fluido da vida”.
A
iniciativa é do CNPq - da agência de fomento do Ministério de Ciência e
Tecnologia -, do Grupo Gerdau, da Eletrobrás/Procel e da Fundação Roberto
Marinho. O XXI Prêmio Jovem Cientista recebeu 1.377 inscrições de todo o País,
sendo 129 na categoria de Graduado, pesquisadores já formados; 52 na categoria
Estudante de Ensino Superior e 1.196 na categoria Estudante de Ensino Médio. Os
trabalhos vencedores do XXI Prêmio Jovem Cientista são publicados em livro,
para divulgação em centros de pesquisa, em universidades, em instituições
públicas e privadas de todo o Brasil.
Impõe-se,
dessa forma, a concessão do Prêmio Ciência e Tecnologia Mário Schenberg, neste
ano de 2006, para que a nossa Cidade não deixe passar despercebido o trabalho
dessa brilhante cientista. Com o empenho no seu estudo - caracterização
molecular dos componentes do veneno de Lonomia obliqua, Taturana, genes
expressos e princípios ativos envolvidos nos distúrbios da coagulação e da
fibrinólise -, ela descobriu novos caminhos para futuros remédios para, por
exemplo, combater a trombose, a arteriosclerose, abrilhantando e elevando Porto
Alegre no cenário nacional e internacional, o que por si só justifica a exceção
pretendida.
É
justamente com esse caráter que eu ouvia antes o Ver. João Antonio Dib também
discutindo o Projeto. É um pedido de excepcionalidade, mas para marcar essa
importante conquista da Ciência e da Medicina que abrilhanta a nossa Pátria,
estudo realizado por uma gaúcha, uma pessoa graduada que desenvolveu o
conhecimento e a ciência por meio do veneno, por meio de uma substância
encontrada no veneno da lagarta, a taturana. Essa jovem cientista descobriu
algo que pode ajudar a salvar muitas vidas, que pode combater a
arteriosclerose, que pode e irá certamente impulsionar as ciências médicas para
o futuro. Por isso estamos pedindo essa exceção, já aconteceu em outros anos
também de se conceder esse Título, aproveitando 1996, a data do homenageado.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Nobre Ver. Todeschini, o Prêmio Mário Schenberg é um Prêmio muito
importante. Eu tive a satisfação de ter proposto primeiro ao Professor Joaquim
Blessmann, e foi entregue na Sociedade de Engenharia, exatamente pela
importância dessa figura na sociedade porto-alegrense e gaúcha, no Brasil e
fora até, porque realmente expressa um reconhecimento àqueles que, pelo seu
trabalho, pela sua cultura, dão de si para a sociedade porto-alegrense e para o
Brasil.
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Obrigado pelas palavras, Ver. João Dib, e creio que engrandece esta Casa, na
medida em que aprovarmos essa homenagem.
O
Sr. Raul Carrion: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Rapidamente, também parabenizando
a sua fala, quero dizer que nós tivemos a honra de homenagear o Professor Iván
Izquierdo, considerado o maior cientista do Brasil por publicações aqui da
nossa Universidade Federal, com o mesmo Prêmio. Muito obrigado.
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Obrigado, Ver. Raul Carrion. Iván
Izquierdo também é um cientista social, uma pessoa preocupada com as ciências
da humanidade, é uma personalidade reconhecida.
Então,
nesse sentido é que eu peço aos nobres Pares a aprovação desse Projeto, porque
creio que a homenagem é muito justa. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. Márcio Bins Ely está com a palavra para discutir a Pauta.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; na pessoa de V. Exª, quero cumprimentar os demais
Vereadores e Vereadoras desta Casa, público que nos assiste nas galerias e pela
TVCâmara, senhoras e senhores, venho a esta tribuna, Sr. Presidente, no período
de Pauta, para falar a respeito de PLL nº 287/05, que está em 2ª Sessão, de
autoria da Verª Mônica Leal, a quem já quero atribuir meus cumprimentos pela
iniciativa. O Projeto institui a obrigatoriedade da divulgação de mensagens
educativas relativas à preservação ambiental em material impresso e promocional
do Município ou empreendimentos patrocinados.
Quero
dizer, de imediato, que - atualmente na condição de Vereador mais jovem desta
Casa, em função de os Vereadores Mauro Zacher e Maurício Dziedricki estarem no
exercício de Secretarias, e, claro, considerando que a Vereadora mais nova é a
Verª Manuela - sempre serei a favor de projetos a respeito do meio ambiente,
até porque, quando se fala em meio ambiente, fala-se em desenvolvimento
auto-sustentável, está-se atribuindo a este Legislativo a responsabilidade de
zelar pela qualidade de vida das futuras gerações.
Acho
que é fundamental que o Poder Legislativo aqui de Porto Alegre, a Câmara
Municipal, através dos seus Vereadores, neste caso, através da Verª Mônica
Leal, possam estar imprimindo leis que divulguem e tratem da questão do meio
ambiente. É fundamental que tenhamos os olhos atentos para essa questão, que já
é uma questão global, uma questão mundial. E nós sabemos, é claro, Verª Mônica,
dos compromissos que o seu Partido tem, da responsabilidade que hoje tem o Ver.
Beto Moesch junto à SMAM, uma responsabilidade que está atribuída à gestão
Fogaça, que bem vem desempenhando essas funções. Acho oportuno também que a
senhora, na condição de Vereadora, também dê a sua contribuição para a área do Meio
Ambiente, para que Porto Alegre também esteja, através da legislação, tornando
obrigatórias algumas ações para que justamente nós tenhamos os olhos voltados
para a preservação, para os cuidados, enfim, para a questão do meio ambiente.
A
Sra. Mônica Leal: V. Exª
permite um aparte? (Assentimento do orador.) Ver. Márcio Bins Ely, eu gostaria
de aproveitar a oportunidade para dizer que, já que a natureza grita, e é um
grito abafado pelos últimos acontecimentos que nós temos acompanhado, eu fiz
esse Projeto com essa intenção, uma forma educativa. Esse Projeto, quando eu
estava elaborando, trouxe-me a lembrança de um Projeto que, no passado, o meu
pai, Ver. Pedro Américo Leal, fez sobre a questão das drogas, seriam as
mensagens educativas. Então, eu agradeço muito o seu interesse e vejo, com
grande necessidade, a aprovação desse Projeto no momento em que o mundo inteiro
passa por esse risco na questão do meio ambiente. Obrigada.
O
SR. MÁRCIO BINS ELY: Agradeço
a V. Exª pelo aparte. Quero, mais uma vez, manifestar-me nesta tribuna como um
Vereador que estará sempre favorável aos projetos e às iniciativas dos nobres
Pares que zelem pela questão do meio ambiente. É fundamental que nós
trabalhemos e nos empenhemos em campanhas, em projetos, em divulgação de material,
para que possamos, como eu dizia no início desta intervenção, garantir a
qualidade de vida das futuras gerações.
Como
dissemos, resume-se àquilo que nós interpretamos como desenvolvimento
auto-sustentável. Nós temos que garantir que as empresas, as indústrias que se
instalam em nossa Capital não estejam comprometendo os nossos rios, enfim, que
todas as ações estejam bem articuladas e bem divulgadas, que se possa trabalhar
hoje com uma questão que é fundamental e que já está sendo, de maneira responsável,
coordenada por ações da Prefeitura, que é a questão do lixo reciclado. Hoje o
nosso País inclusive já é referência a respeito da reciclagem de lixo,
reciclagem das latinhas de alumínio, das embalagens plásticas, das garrafas
pets, nós já percebemos inclusive movimentações na nossa Capital por intermédio
de cooperativas e de cooperados que têm se organizado em torno da catação do
lixo, os catadores de lixo. Sabemos também que ainda há alguma dificuldade, que
tem havido alguns problemas com a área que abrange as ilhas, pois ainda se
carregam muitos dejetos ali para aquela região.
Então
é fundamental que se tenham iniciativas como essa da Verª Mônica, e trago o
Projeto à discussão no período de Pauta, achei oportuno, ele que diz respeito
justamente à questão do meio ambiente, das promoções, das divulgações que podem
ser feitas para se garantir informações a respeito desse tema, que é um tema
importante, que está na pauta mundial e que deve ser também fomentado aqui no
Legislativo da nossa Capital. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado,
Vereador.
O
Ver. João Bosco Vaz está com a palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste.
A Verª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir a Pauta.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; Srs. Vereadores, Sras Vereadoras, está em 3ª Sessão o
Projeto da Verª Margarete que vem valorizar o funcionário público de carreira,
o funcionário público municipal, e, por coincidência, é um dos temas que está
pautando nesses dias o debate na Casa. A proposta da Verª Margarete - que
elogio - de reservar pelo menos 15% dos Cargos em Comissão para serem
investidos em funcionários de carreira é uma proposta que vem consolidar, em
primeiro lugar, uma cultura já constituída na cidade de Porto Alegre.
O
Cargo em Comissão permite que os funcionários construam uma qualificação por
formação - por iniciativa própria, por formação em nível superior, por formação
por cursos técnicos, extratrabalho, porque, muitas vezes, o funcionário busca
para além do seu cargo, para além do desempenho da sua função - ou uma
qualificação construída ao longo de anos de trabalho, de dedicação ao serviço
público; permite, para além das FGs, as Funções Gratificadas, que são funções
mais vinculadas à Administração, à gestão de setores, a valorização dos
funcionários; permite uma expectativa de valorização salarial, permite um
estímulo aos funcionários que, muitas vezes, já terminaram a carreira. E, no
caso dos funcionários municipais, vejam que somente os professores até hoje
conseguiram ter uma carreira que valoriza a sua formação; em relação aos demais
funcionários, a carreira valoriza apenas mediante a qualificação por tempo de
serviço. Inclusive, na ausência ainda de um Plano de Carreira, a possibilidade
de ser investido num CC é uma alternativa para o gestor valorizar esse
funcionário que se qualificou, que construiu um conhecimento que às vezes é
único e que de outra maneira não seria valorizado.
Por
que o percentual de 15%? Eu quero aqui frisar: nós praticávamos em torno de 30%
desse investimento em funcionários públicos municipais; 30% dos CCs eram
funcionários públicos. Quero trazer o exemplo aqui da SMED. A SMED tem mais de
cinco mil funcionários, porque são quatro mil professores e pelo menos mil funcionários
não-docentes. A SMED tinha, no período em que fui gestora, 26 CCs. É importante
frisar isso, porque sempre se exacerbou aqui a idéia de que o PT valorizava a
“cecezada”! Na SMED, a maior Secretaria, junto com a Saúde - as duas maiores
Secretarias -, existiam apenas 26 Cargos em Comissão; desses 26 cargos, um
grupo bastante significativo era de funcionários municipais nossos.
Eu
já lembrei aqui e lembro novamente: a coordenação do MOVA, o Movimento de
Alfabetização, era feita por uma funcionária, uma monitora; como ela tinha
qualificação e experiência em educação de adultos, coordenou o MOVA como CC
durante alguns anos. Eu poderia falar da Coordenação da CAE, que era a nossa
Coordenação de Assuntos Educacionais, tratava de toda a infra-estrutura,
inclusive RH, para o funcionamento das escolas; ela era uma funcionária de
nível médio, qualificadíssima, Assistente Administrativa, e nós investíamos em
CC. Valorizávamos essa funcionária, que tinha tido toda uma qualificação.
Então,
eram pouquíssimos CCs, olhem o percentual para cinco mil funcionários, e, ainda
assim, vários deles eram funcionários municipais que exerciam funções de chefia
e eram gratificados pelo Cargo em Comissão. Acho que essa é uma política
correta, bem ao contrário do que a gente está a assistir: horas extras para CC,
aumento de CCs, criação de supersalários, superFGs, criação de distância
salarial e valorização de funcionários de fora do serviço municipal.
Então,
Verª Margarete Moraes, esse Projeto é muito bem-vindo. Vamos lutar para que
seja aprovado. Obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Bernardino Vendruscolo está com a
palavra para discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Carlos Comassetto está
com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Muito obrigado, Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart. Prezados Vereadores e
Vereadoras, público que nos assiste, hoje venho aqui, no espaço de Pauta,
apresentar e discutir um Projeto de nossa autoria que tem por objetivo o
auto-reconhecimento de Porto Alegre como Cidade Amiga da Amazônia. Gostaria de
discorrer sobre esse Projeto e sua importância na preservação de um dos maiores
patrimônios que temos na humanidade, que são as nossas florestas - em
particular a mata Atlântica e a floresta Amazônica.
No
ano passado, trabalhamos esse tema com várias entidades ambientalistas e
chegamos à conclusão de que Porto Alegre poderia contribuir muito se
fiscalizasse, controlasse e organizasse o consumo de suas madeiras. Logo
depois, recebemos da entidade ambientalista Greenpeace o lançamento da campanha nacional “Cidades Amigas da Amazônia”.
Imediatamente, entramos em contato com essa ONG, que realiza tantos trabalhos
internacionais, fizemos algumas reuniões e elaboramos um Projeto de Lei que
protocolamos no segundo semestre do ano de 2005. Felizmente, este ano,
aproximadamente há vinte dias, o Município, oficialmente, por intermédio do Sr.
Prefeito Municipal, aderiu à campanha programada e organizada pelo Greenpeace.
O
Projeto de nossa autoria tramita pela Casa e tem como objetivo fazer com que o
Município de Porto Alegre discipline a utilização de madeiras no consumo para
todas as atividades, inclusive para o trabalho da estrutura pública municipal.
Na estrutura pública municipal é obrigatório, pelo nosso Projeto de Lei,
apresentar o Certificado de Origem de Manejo Florestal, o material deve ser de
manejo de floresta sustentável, para que possa ser consumido em qualquer
estrutura pública, seja em obras de estrada, seja em obras de prédios, seja em
construções, em móveis e assim por diante. Então, essa é uma das prerrogativas
que apresenta o Projeto. A lei impede o Município de utilizar móveis de algumas
espécies de árvores que estão comprovadamente em extinção, por exemplo, o
mogno. Ela é uma madeira de muita qualidade, e a respeito dela há, inclusive,
uma campanha internacional. A Europa hoje, os países europeus não compram mais
móveis e utensílios de mogno, se não houver uma certificação de um manejo
florestal e uma comprovação de que a madeira não provenha da destruição das
florestas. Portanto, esse Projeto de Lei é singelo, mas profundo, do ponto de
vista do seu valor local e estratégico. Porque, se todas as cidades brasileiras
adotarem esta postura, Ver. Bernardino, agradeço-lhe, inclusive, a desistência
do tempo, para nos ceder o espaço neste momento...
Gostaria
de dizer o seguinte: na floresta Amazônica, entre os anos de 2001 e 2003, mais
de cinco milhões de hectares foram destruídos, nove campos de futebol foram
destruídos por minuto. No período de 2003 a 2004, a destruição chegou em torno
de 26 mil quilômetros quadrados. Houve uma diminuição, portanto. Está havendo,
neste momento, Ver. João Dib, uma diminuição na exploração irracional ou na
destruição irracional da floresta Amazônica. Recentemente, o Congresso Nacional
aprovou uma lei que foi muito discutida, foi polêmica, mas que apresenta a
possibilidade da concessão, com programas ambientais sustentáveis, da
utilização da floresta Amazônica, assim também para outras florestas
brasileiras.
Então,
eu venho a esta tribuna apresentar esse Projeto. Para concluir, quero registrar
que disse aos órgãos municipais e aos técnicos que esse nosso Projeto não é
nenhum impedimento à assinatura dada pelo Prefeito, no sentido de Porto Alegre
ser uma Cidade Amiga da Amazônia. Pelo contrário, colocamos à disposição o
Projeto para que os técnicos do Município possam analisá-lo, discuti-lo e
trazerem também as suas contribuições no sentido de que Porto Alegre seja mais
uma vez pioneira; pioneira, como capital do Sul do País, aderindo à campanha
Cidade Amiga da Amazônia. Para concluir, Sr. Presidente, Porto Alegre foi a
quarta cidade: primeiro foi Santa Maria, São Leopoldo e Rio Grande. Porto
Alegre é a quarta cidade que aderiu à campanha nacional Cidade Amiga da Amazônia,
e esse Projeto vem contribuir para o debate e qualificar a nossa gestão pública
municipal. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Raul Carrion está com a palavra
para uma Comunicação de Líder.
O SR. RAUL CARRION: Exmo Ver. Dr. Goulart, Presidente desta Casa; demais Vereadores e
Vereadoras, realmente, Verª Manuela, o dia de ontem ficará marcado na história
desta Cidade, na história deste Estado e na história deste País. Um dia
consagrado ao índio que iniciou, como já outros manifestaram aqui, por uma
visita, pela manhã, do Presidente Lula à Reserva Indígena Guarita, em Tenente
Portela, para entregar a ligação de energia elétrica, Ver. Bernardino, para
7.500 índios caingangues e guaranis, que têm, assim, acesso à civilização. É
importante dizer que esse programa já atingiu milhares de famílias indígenas no
Brasil, e, se considerarmos toda a sua implantação, foram, nesses dois anos,
instalações que beneficiaram, evidentemente, as famílias mais pobres. Só de cabos
de instalação, Ver. Valdir Caetano, dá para realizar três voltas na Terra,
foram 1 milhão e 400 mil postes e 72 mil transformadores.
Mas
o Presidente Lula anunciou outras realizações: 55 áreas indígenas já
homologadas, em apenas três anos, Ver. Ibsen, num total de 9,8 milhões de
hectares. Houve um aumento de 40% das vagas para indígenas nas escolas. Hoje,
Verª Maristela, 164 mil índios estão matriculados em ensino bilíngüe; há 36% de
escolas a mais, Ver. Márcio Bins Ely, são 1.200 escolas. O Pró-Uni, Ver. Dib,
permite hoje que 1.300 indígenas façam o curso universitário. Os recursos
aplicados aumentaram 20 vezes, 2.000%: de 1 milhão e 200 mil, no Governo
anterior, para 26 milhões no Governo Lula. Foram 20 milhões em saneamento
básico, beneficiando 297 aldeias, e o Bolsa Família atingiu 19 mil famílias.
Houve a realização, pela primeira vez, Verª Manuela, da Conferência Nacional
dos Povos Indígenas, com a presença de mais de 800 delegados.
Além
disso, nós participamos pela manhã, Verª Maristela Maffei, em Porto Alegre, do
café da manhã no Ceitec, contamos com a presença do Ministro Sérgio Resende, do
PSB, Partido de V. Exª, quando foram anunciados, além dos 39 milhões de reais
já colocados por uma Medida Provisória pelo Governo Lula, mais 50 milhões de
reais do Orçamento Geral da União. O Ceitec terá, Ver. Dib, a primeira fábrica
de chips no Brasil e na América
Latina. É o ingresso do Brasil, através do Rio Grande do Sul, na era da
microeletrônica, que fez da China, hoje, o maior exportador, com 180 bilhões de
dólares. É esse mercado que o Brasil está perdendo e no qual, com as decisões
do Governo Lula, estamos ingressando.
Para
concluir, meu Presidente, à tarde, também com a sua presença, houve a
inauguração da Emergência do Hospital Conceição. Creio que a mais moderna da
América Latina e uma das mais modernas do mundo, com grande investimento. Lá
estava a nossa Casa, meu Presidente, representada por V. Exª, por este Vereador
e pelos Vereadores Oliboni, Comasseto e pela Verª Manuela. Nós podíamos ver - e
V. Exª é testemunha - a alegria daqueles funcionários, a alegria da população
que lá se encontrava, uma situação verdadeiramente emocionante. Pacientes
crianças pediram para ir ver o seu Presidente e tiveram que ser levadas com o
soro para não perderem a presença do nosso Presidente. Inclusive, houve a
manifestação de uma pequena minoria, em frente ao Hospital, democrática, sem
nenhuma repressão. O Marcelo, meu assessor que lá estava, foi agredido pelos
manifestantes. E nesse clima de festa, de democracia, o Presidente Lula depois
se manifestou no Sindicato dos Metalúrgicos.
Foi
um dia de gala, de realizações para os índios, de realização para o Ceitec e de
realização na Saúde. Para concluir, meu Presidente, no dia de amanhã, 21 de
abril, o dia de Tiradentes, o dia da soberania nacional, o Governo brasileiro
vai anunciar a auto-suficiência do Brasil no petróleo, mostrando que o petróleo
é nosso, mostrando que a Petrobras, que os neoliberais queriam privatizar,
queriam entregar para os americanos, é hoje a maior empresa petrolífera deste
País. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras e
Srs. Vereadores, o meu caro Ver. Raul Carrion merece atenção especial, falou
tanto no Presidente Lula, que declarou ontem que não sabia que o vento produzia
energia elétrica. Falou agora na auto-suficiência do petróleo, e, para que o
povo brasileiro saiba que
tem auto-suficiência em petróleo, gastam-se 36 milhões reais em publicidade em
vez de baixar o preço do combustível; aumentou o preço do combustível, mas
foram 36 milhões em publicidade.
Na
verdade, eu queria falar sobre a Câmara Federal, que, ontem, mais uma vez voltou
suas costas ao povo brasileiro: 175, escondidos, votaram pela não-cassação, e
241 - e eu lastimo por eles - votaram pela cassação, mas nós não sabemos quais
foram. Claro que mais ou menos nós sabemos. Agora, 16, ignominiosamente,
vergonhosamente, covardemente, esconderam-se no voto secreto pela abstenção,
voto em branco ou anulando o voto. Esses 16 somados com os 241 dariam o número
necessário, suficiente, para que houvesse a cassação de um Deputado que disse
que recebeu 120 mil reais do “valerioduto”, porque ele fez trabalho de
advocacia: “grande Deputado e grande advogado”! Mas 81 Deputados, num momento
importante, quando o povo brasileiro olhava para a Câmara Federal, não estavam
lá, estavam por aí.
Eu
preciso é ficar em Porto Alegre mesmo. Hoje pela manhã, a Comissão Parlamentar
de Inquérito se reuniu, e eu acredito que tenha sido para lamentar, Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, porque a pessoa que solicitou
que houvesse um pré-relatório, que lidera o Governo nesta Casa, não compareceu!
O Governo, pelo seu Partido, não compareceu! O Governo não respondeu às
solicitações da Comissão Parlamentar de Inquérito. Foi feito um pré-relatório,
e eu tenho que elogiar a Verª Neuza Canabarro pelo seu esforço. Mas, para o
Governo, nada; para a Liderança do Governo, zero! Por quê? Nós poderíamos, pura
e simplesmente, fazer o que faz uma Comissão Parlamentar de Inquérito - está no
Regimento Interno, está na lei que criou as Comissões Parlamentares de
Inquérito: a Comissão Parlamentar de Inquérito tem o poder de investigação das
autoridades judiciais em matéria de interesse do Município, além das
atribuições previstas para as Comissões Permanentes em matéria de interesse do
Município.
Em
momento nenhum essa Comissão declarou que estava procurando culpado, em momento
nenhum nós pensamos que tivesse culpado. Nós estávamos atrás - e estamos atrás
ainda - de uma solução para um problema que é grave no Município: o número
elevado de licenças para tratamento de saúde de toda a sorte, e alguns até de
maneira preocupante. Tanto que nós ficamos seriamente preocupados pela falta de
quorum; no momento em que o pré-relatório que foi solicitado foi entregue, a
pessoa que encabeçou não estava presente para dar a sua opinião. Isso, no
entendimento deste Vereador-Presidente, teve como objetivo único desviar a
Comissão Parlamentar de Inquérito do seu caminho. Não foi outra coisa!
E
o Ver. João Dib não vai aceitar - assim como os Vereadores que aqui estiveram
hoje, e a Verª Neuza Canabarro, que é Relatora - omissão da nossa parte, não!
Nós vamos reclamar e, se precisar aplicar a lei para que o Executivo nos
responda a respeito do que foi solicitado, podem V. Exas ter certeza
de que o Presidente desta Comissão fará isso. Não há nenhuma razão para o
Executivo se preocupar, nós não queremos criar um problema, nós queremos
solução, nós queremos ajudar o Executivo, nós queremos fazer com que os custos
do Executivo sejam menores. E não há a idéia de que nós queremos aparecer no
jornal dando entrevistas, inclusive houve entrevista diferente do que está
escrito aqui, isso nós não fazemos. Este Presidente não deu entrevista nenhuma,
não vai dar, mas nós vamos buscar solução, querendo o Governo ou não ser
ajudado. Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O
Ver. José Ismael Heinen está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr.
Presidente, nobres colegas, toda vez que eu vejo o caro colega Ver. Raul
Carrion vir com toda a ênfase defender os feitos do Governo Lula, eu não
resisto à tentativa e à vontade de vir aqui e pensar junto com ele.
Mas
o que me deixa preocupado, como democracia, Sr. Presidente, são as ações desse
Movimento dos Sem-Terra. Esta, talvez, seja a grande obra do Governo Lula:
vestir a camiseta dos sem-terra. E há Ministros que dizem... Por exemplo, o
Tarso Genro diz que o Movimento dos Sem-Terra é um movimento social. Ninguém,
nenhum Partido tem controle sobre o Movimento dos Sem-Terra. E diz o Ministro
dos Direitos Humanos: “Discordamos de muitas ações do MST, mas sabemos que a
consciência jurídica do País, nesse caso, está com o Movimento”.
Meus
amigos, o direito da propriedade privada, o direito do cidadão de ir e vir e o
direito do cidadão de ser cidadão estão ameaçados pelas trincheiras do Movimento
dos Sem-Terra, amigo e Ver. Ervino Besson. Nós temos visto um ex-integrante do
Movimento dos Sem-Terra denunciando o Movimento, denunciando assassinatos
dentro do Movimento, fugindo do Movimento, entregando-se à Polícia, porque
estava sofrendo perigo de morte! Isso foi publicado no jornal e está no site.
Ele não quer se identificar, porque diz que corre risco de vida. Um outro
sem-terra foi expulso do Movimento por ter se negado a cortar os arames da
cerca da Fazenda Três Coqueiros. Quer dizer, são essas pérolas preciosas que
nós estamos vendo que, com certeza, estão atingindo o povo brasileiro, estão
atingindo a Pátria brasileira, estão atingindo e desafiando o consenso jurídico
da nossa Nação.
Eu
fico triste quando vejo estampadas pessoas como o Presidente da República e
seus Ministros acobertando ações desse tipo, ações criminosas, porque, até
então, nós tínhamos apenas o acobertamento de não saber o que se fazer da
quadrilha, dos corruptos e da corrupção. Nós, aqui, estamos vendo que o pessoal
está fazendo olhos grossos a crimes organizados por movimentos permitidos por
S. Exa. o Presidente da República. Estão dizendo aqui que os índios receberam
isso, receberam aquilo, que o petróleo é nosso... Sempre foi nosso, se à
auto-suficiência nós estamos chegando agora, é porque, desde o início da
Petrobras, até cinco anos atrás, sempre houve um crescente na produção com a
preocupação da sua auto-suficiência. Eu já perguntei aqui sobre quanto tempo se
leva desde o descobrimento de um poço de petróleo até ele entrar em
funcionamento, até se levar o produto até os postos de gasolina. Questionei se
isso é fruto somente deste Governo ou de Governos anteriores. Preocupa-me,
minhas senhoras e meus senhores, o Estado de Direito da nossa Nação.
Mesmo
que fosse verdade que os índios estivessem recebendo o que de direito lhes é
destinado no Orçamento, aqueles índios do Mato Grosso morreram de fome, e foi
constatado, numa sindicância, que apenas 5% da verba devida chegava aos índios
- e eles lá morrendo de fome.
O
que me deixa nervoso, complexo, cauteloso, meus nobres colegas, é que, mesmo
que fosse verdade tudo o que o Governo Lula está fazendo, mesmo que fosse
verdade que o País está a mil maravilhas, mesmo que fosse verdade que há
emprego para todo povo brasileiro, mesmo que fosse verdade que não precisamos
distribuir esmolas, por meio de cestas básicas, eu tenho certeza de que o povo
brasileiro não comunga com o que está ocorrendo - quadrilhas sendo acobertadas,
crimes sendo acobertados -, pelo simples fato de não se querer saber o que está
acontecendo.
Eu
concluo, Sr. Presidente, um pouco emocionado, mas convicto com o que diz o
nosso hino sul-rio-grandense: “Um povo que não tem virtude acaba por ser
escravo”. E nós estamos perigando chegar a isso, porque não estamos dando a
devida atenção às virtudes que norteiam os costumes e as normas de uma Nação
civilizada. Muito obrigado, meus senhores.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Obrigado, Excelência.
O
Ver. Carlos Comassetto está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O SR. CARLOS COMASSETTO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; colegas
Vereadores, público presente nas galerias, público que nos assiste, eu venho
aqui, em nome da minha Bancada, a do Partido dos Trabalhadores, para fazer,
sim, algumas afirmações muito claras e muito concretas. A vinda do Presidente
Lula, ontem, ao Estado do Rio Grande do Sul... Essa é a 14ª visita do
Presidente da República, e é o Presidente que mais compareceu a este Estado
para discutir, confabular e inaugurar projetos. Eu não sei por que isso deixa a
oposição tão nervosa, principalmente o PFL e o PSDB, inclusive aqui nesta Casa.
Temos
que dizer aqui, alto e bom tom, que talvez os que vieram a esta tribuna, como o
Ver. Sebenelo, não saibam o que é viver na escuridão. E eu digo aqui: o
Vereador que aqui fala e o Ver. Bernardino se criaram e tiveram toda a sua
educação estudando à luz de velas, porque não tínhamos energia elétrica.
Vereadores da oposição talvez não saibam o que é viver na escuridão. E, quando
o Presidente da República apresenta um Projeto como o Luz Para Todos, que vai
tirar 12 milhões de brasileiros da escuridão, a oposição fica nervosa. Tem que
ficar nervosa, porque o povo, quando sai da escuridão, consegue enxergar,
consegue ver, consegue decidir e decide por manter os projetos, que estão bons,
estão corretos, e a Presidência da República tem demonstrado isso.
Segunda
questão: Ver. Dr. Goulart, nós temos dois médicos nesta Casa. O
Vereador-Presidente Dr. Goulart estava lá ontem, recebendo o Presidente da
República, quando eu e o Ver. Carrion tivemos o prazer de apresentá-lo ao
Presidente Lula como o Presidente desta Casa, e ele foi lá aplaudir e definir o
projeto. Mas o outro Vereador-médico desta Casa sobe a esta tribuna para
criticar a inauguração de uma Emergência. Talvez não tenha vindo aqui como
médico, veio aqui como membro do Partido da Social Democracia Brasileira,
porque não pode e não consegue ver o sucesso de uma administração pública
brasileira. A Emergência não custou 30 milhões, não; ela custou 5,8 milhões e
tem 1.448 metros quadrados. Talvez, os que foram superintendentes lá, que
tinham os seus Presidentes da República que não aplicavam recursos...talvez
seja essa a mágoa.
E
digo mais. Por quê? Porque ali, onde é a Emergência hoje, era a sala do antigo
presidente de toda a burocracia, e isso está sendo destinado a quê? A atender à
população de baixa renda pelo Sistema Único de Saúde, com equipamentos da maior
qualidade que existem neste País. É por isso que a oposição fica nervosa. E
digo mais, Ver. Dr. Goulart: Vossa Excelência, como funcionário do Grupo
Hospitalar Conceição, esteve junto ontem, recebendo isso que não é um projeto
do Presidente Lula, é um projeto de um Governo comprometido com as mudanças
sociais, é um projeto de um Governo que cumpre com aquilo que diz em campanha:
“Vamos resolver, vamos diminuir as desigualdades deste País”.
E
eu iria mais longe, eu diria, Sr. Presidente, que entre hoje e amanhã será
anunciada ao País a sua autonomia em petróleo. Getúlio Vargas estava correto
quando assumiu essa bandeira, dois Presidentes com a maior consideração
popular. E ontem, Ver. Dr. Goulart, o Presidente da República inaugurou o novo
parque eólico do Rio Grande do Sul, o maior parque eólico da América Latina,
parque esse que vai apresentar o Brasil para uma nova era de energia, uma era
de energia limpa, e o mundo todo vai querer buscar essa tecnologia. E eu quero
dizer que talvez a oposição fique preocupada porque está afastado o risco de
apagão. Apagão que, no Governo de Fernando Henrique Cardoso, deixava o País na
escuridão. E ontem o Presidente da República veio para inaugurar o novo parque
eólico e trazer luz para quem não a tinha, sete mil indígenas saíram da
escuridão. E a oposição não tolera quando a sociedade avança.
Viva
o Brasil! Viva o Presidente Lula! Esse trabalho é de todos nós, daqueles que
defendem um País progressista. Inclusive o próprio Ministro da Saúde, do PMDB,
estava lá conosco inaugurando a Emergência ontem.
E,
para concluir, se o Governo Rigotto pagasse 1,3 bilhões que deve, talvez nós
tivéssemos um posto de saúde a cada quilômetro, como prometido em campanha.
Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano):
A Verª Neuza Canabarro está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. NEUZA CANABARRO: Exmo
Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras Vereadoras, público presente,
venho a essa tribuna ocupar o espaço de Liderança para esclarecer alguns fatos
em relação a Comissão Parlamentar de Inquérito, de minha iniciativa, sobre as
licenças médicas no Município de Porto Alegre. Nós conseguimos instalar uma
Comissão, e eu, a cada dia, sinto maior admiração e felicidade por ter o Ver.
João Antonio Dib como Presidente, porque a sua experiência e a sua firmeza têm
me dado muita tranqüilidade e segurança. Muito obrigada, Ver. Dib.
Colocaria,
mais uma vez, que a nossa função, que o nosso objeto não é a caça às bruxas;
nós não estamos querendo encontrar nada neste Governo nem no Governo anterior.
Mas nós estamos enfrentado um fato, e qual é esse fato? Excesso de licenças
médicas. E é um fato que tem que ser enfrentado pelo Executivo Municipal em
parceria com a Câmara Municipal; e seus Vereadores, na função de fiscalização,
têm a obrigação de assumir não só o bônus, mas também o ônus, o desgaste que
possa decorrer. E eu tenho coragem, firmeza e tranqüilidade para levar até o
fim essa Comissão Parlamentar de Inquérito.
Surpreende-me
que algumas pessoas não aceitem o fato de que é um direito das minorias uma
Comissão Parlamentar de Inquérito, que já está instalada, querendo comparar ou
levar a uma Comissão Especial. Isso é passado, é página virada. Estamos já com
uma Comissão Parlamentar de Inquérito em andamento.
Há
quinze dias tínhamos uma reunião programada pelo Presidente Ver. João Antonio
Dib para fazermos a avaliação do que já se tinha e o planejamento para os
próximos passos, para as próximas etapas de visitas e documentação. Fomos
surpreendidos por um Requerimento que solicitava um pré-relatório, fundamentado
em dois aspectos: primeiro, que não havia mais depoentes - o que não é verdade
- e, segundo, que já tínhamos todas as informações - embora com requerimentos,
datados de mais de trinta dias, nós não recebemos nenhuma informação sequer.
Agora,
eu quero, então, ler a conclusão a que chegamos hoje no nosso pré-relatório
(Lê.): “Da conclusão. Do transcorrer dos trabalhos desta CPI, consigna-se que a
Comissão, após sete reuniões realizadas até a presente data, com oitivas e
debates, bem como com requerimentos encaminhados, ainda carece de informações
provenientes de depoimentos e/ou visitas, assim como das respostas do Executivo
aos requerimentos encaminhados. Em relação às visitas e depoimentos, nós
queremos visitar: a Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Alberto
Pasqualini, Restinga; Escola Municipal de Ensino Fundamental Aramy Silva,
Cristal; Escola Municipal de Ensino Médio Emílio Meyer; Escola Municipal de
Ensino Básico Dr. Liberato Salzano Vieira da Cunha; Fundação de Assistência
Social e Cidadania, FASC; Secretaria Municipal de Saúde, Gerência de Serviços
de Saúde; Secretaria Municipal de Educação; Companhia Carris Porto-Alegrense;
convocar as associações de funcionários municipais e equipes de saúde das
Secretarias e órgãos do Executivo - especialmente a SMOV -, para relatar a
experiência de mapa de risco sobre a saúde do trabalhador; convocar mais uma
vez o Sr. Omar Condotta, Técnico de Trabalho, para aprofundar seu depoimento.
“As
informações solicitadas ainda não foram fornecidas pelo Executivo, apenas os
depoimentos não são suficientes para a comprovação de desvios e/ou excessos de
afastamento de servidores por Biometria. Não é possível apresentar uma
conclusão só por indícios e/ou denúncias recebidas. Seria irresponsabilidade
desta Relatora se antecipar a fatos que considera e que deverão ser
comprovados. O comportamento adotado por esta Relatora, desde o início, foi o
de zelar para que não se desviasse do foco da CPI. O trabalho aqui realizado
tem sido de equilíbrio e tranqüilidade em relação à oitiva dos depoentes, sem
pressioná-los em momento algum. A documentação solicitada e as visitas a serem
realizadas são, no entendimento desta Relatora, suficientes para comprovar
fatos levantados através do trabalho do Executivo Municipal. Agradecemos ao Sr.
Prefeito José Fogaça, que, no dia 12 de abril do corrente ano, através do Sr.
Clóvis Magalhães, Secretário de Gestão e Acompanhamento Estratégico do Governo
Municipal, abriu um canal direto de comunicação, com a finalidade de auxiliar
esta CPI em todo o seu trabalho, para, em conjunto, encontrar alternativas que
possam estancar a sangria do dinheiro público por meio do pagamento de
vale-transporte e vale-refeição a funcionários em licença por mais de 30 dias,
contrariando a Lei Municipal nº 5595, de 04 de julho de 1985 - e não 1995, como
consta - e regulamentada pelo Decreto nº 8.905 de 09 de abril de 1987. Desta
forma, esperamos dar continuidade aos trabalhos desta CPI, sem necessidade de
solicitar a prorrogação de 60 dias prevista no Regimento Interno. É o
pré-relatório”. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano): O
Ver. Elói Guimarães está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Ver.
Valdir Caetano, na presidência dos trabalhos, Srs. Vereadores, Sras
Vereadoras, dizer que o Governo do Presidente Lula é um desastre é algo que
decorre da análise isenta dos acontecimentos. O Congresso Nacional, Sr.
Presidente, Srs. Vereadores, contaminou-se, está profundamente contaminado.
Ontem se esperava uma proposição ou uma cassação de alguém que é réu confesso.
Por outro lado, o Ministério Público Federal, o Procurador Geral da República
denunciou 40 próceres, vamos dizer assim, da República, como profundamente
implicados em atos de corrupção; dentre esses está, exatamente, o Deputado
mentor. E já se denunciou que no Congresso Nacional montou-se a corrupção em
cima da corrupção, patrocinadas pelo Governo do Presidente Lula.
(Manifestações
anti-regimentais.)
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: Denunciou!
É um denunciante! Denunciou a corrupção neste País! Expiou-se, vejam! Expiou-se
porque denunciou a maior corrupção promovida pelo Partido dos Trabalhadores,
pelo Governo do PT, na história política do Brasil! Caiu. Caiu, caiu todo o
Ministério!
(Manifestações
do Plenário.)
O
SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano): Srs.
Vereadores, nós temos um Vereador na tribuna, vamos respeitar.
O
SR. ELÓI GUIMARÃES: O
Ministério caiu, o cérebro do Governo, as figuras mais importantes caíram
todas.
Eu
tenho uma opinião sobre o Sr. Roberto Jefferson: ele denunciou a corrupção do
Governo do PT em nosso País. Por isso a opinião redimiu-se. Ele tem
responsabilidade? Sim, tem responsabilidade. Vai responder a processo
denunciado pelo Ministério Público Federal? Sim. Ao lado de 39, sendo a maioria
do Partido dos Trabalhadores. Então, é uma tragédia este Governo, é uma
legítima tragédia! Mas não sou eu que digo, isso está estampado nos meios de
informação e comunicação deste País. Uma verdadeira tragédia!
Olhem
como trata o Governo Federal a questão Varig. Vejam bem, gaúchos: essa empresa
tem uma história na aviação civil do Brasil e, de resto, no mundo. Pois a Varig
tem recebido do Governo, quando ele é instado a se manifestar, evasivas.
Evasivas, sim! O assunto Varig não é tratado pelo Governo Federal com a seriedade
com que tinha que ser tratado. E por aí se vai, Sr. Presidente e Srs.
Vereadores!
A
direção do PT caiu por corrupção. Não sou eu que estou dizendo, não é a
oposição ao Governo Federal que está dizendo; são os fatos, são os documentos,
são as informações! Caiu o Presidente, caiu o Tesoureiro, caiu o Secretário, e
o Governo caiu! Resta o Presidente Lula! Resta o Presidente Lula, que nada
sabe, que nada conhece!
Eu já disse: eu acho que a
questão que envolve o Partido dos Trabalhadores em nível federal... E, quando
eu ataco o Partido dos Trabalhadores, eu não quero atacar pessoas integrantes
do Partido dos Trabalhadores, aqueles homens e mulheres de bem. Agora, há um
grupo no Partido dos Trabalhadores que foi para o poder e que,
lamentavelmente... É inaceitável o que estão fazendo e o que fizeram. Então,
quando se ataca o Partido dos Trabalhadores, ataca-se o Governo Federal, não se
quer atacar às muitas pessoas integrantes do Partido dos Trabalhadores, àqueles
homens e mulheres de bem. Agora, convenhamos: é uma tragédia o Governo do
Presidente Lula. É uma tragédia lamentável! Obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano): A
Verª Clênia Maranhão está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. CLÊNIA MARANHÃO: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, passei a manhã inteira
trabalhando na construção da pauta dos trabalhos de hoje junto às várias
Lideranças desta Casa, porque acredito que temos importantes Projetos para
serem votados na tarde de hoje, fundamentalmente o Projeto do Executivo que diz
respeito à questão orçamentária no valor de mais de 16 milhões de reais. Acho
que é importantíssimo ele ser votado, considerando as necessidades de
acelerarmos cada vez mais o desenvolvimento da nossa Cidade.
Passei,
então, a manhã envolvida nessa discussão e não tive a possibilidade de ouvir o
depoimento do Ministro da Justiça do nosso País, mas tive a oportunidade de ver
na imprensa as suas respostas ao lamentável quadro que o Brasil constatou hoje
de manhã. Eu acho que é muito grave isto, porque o Poder Público acaba,
inevitavelmente, sendo um modelo, e o Ministro da Justiça de um Governo,
talvez, dentre todos os agentes públicos, tenha de ser exatamente aquele com o
maior distanciamento dos setores privados, com a maior isenção para poder
julgar e fazer com que as pessoas tenham sobre ele a confiança na administração
das políticas de segurança, de justiça, de direitos humanos, da garantia dos
direitos individuais dos cidadãos. Realmente foi chocante - chocante - a
comprovação do envolvimento de um Ministro com o nome do Ministro Thomaz
Bastos, que tomou parte e orientou exatamente aqueles envolvidos na rede de
corrupção, na rede de apropriação do dinheiro de forma desonesta. Então, se
realmente um Ministro com este nível de comprometimento não for demitido pelo
Presidente da República, eu não sei quais serão os rumos deste País, porque eu
imaginava, até hoje de manhã, que a crise ética brasileira tinha chegado ao
limite, mas, hoje pela manhã, tivemos uma demonstração realmente chocante nas
afirmativas feitas pelo Ministro da Justiça brasileiro no Congresso Nacional.
Eu
tenho procurado fazer com que esse debate não saia do campo político, do campo
da cobrança que todos nós temos de fazer quanto à postura ética dos governantes
deste País. Eu acho que um exemplo como esse é lamentável, acho que todos os
políticos, independentemente dos Partidos, que tenham compromisso com a gestão
ética, transparente e fundamentalmente que passem segurança a todos os
brasileiros, têm de exigir a imediata demissão desse senhor que abriu mão da
sua condição de Ministro para apoiar exatamente os seus parceiros envolvidos em
escândalos de corrupção, de apropriação indébita e retirada de dinheiro de
fontes, muitas das quais ainda desconhecidas.
Eu
não poderia passar a tarde de hoje sem fazer a cobrança, sem fazer esse apelo à
manifestação pública das mulheres e dos homens deste Parlamento, para que
possamos recolocar este País no caminho da confiança, no caminho do resgate da
ética, da responsabilidade pública que todos nós devemos ter, que todos nós
devemos exigir, independente do Partido ao qual somos filiados. (Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano):
O Ver. Sebastião Melo está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
O
SR. SEBASTIÃO MELO: Ver. Valdir
Caetano, na presidência dos trabalhos; Sras Vereadoras, Srs.
Vereadores, eu ocupo esta tribuna para continuar um debate candente, não apenas
no Rio Grande do Sul, mas no Brasil, que diz respeito à nossa empresa Varig. Eu
não canso de repetir que as questões administrativas estão sempre subordinadas
às decisões políticas. Esse episódio tem de ser remontado um pouquinho ali
atrás. Quando o capitão do time era o Ministro José Dirceu, ele tentou, tentou
e tentou fazer a fusão da Varig com a TAM, dizendo que a Varig ficaria com 10%
das ações, e 90% ficariam com a TAM. Não conseguiu. O Governo, através do
Ministro José Dirceu e de todos membros do Governo, tem tido uma má vontade
enorme com a Varig. Não me lembro neste momento do nome do Juiz do Rio de
Janeiro, mas eu tenho de cumprimentá-lo, porque ele, ao manusear os Autos, ao
analisar toda a questão sob a ótica da Lei da Falência, disse: “Olha, eu não
vou decretar a falência, porque esta ainda é uma empresa viável”.
E
vamos lá, a Varig ganhou na Justiça 4 bilhões e 600 milhões em perdas que foram
levadas à Justiça e que o Poder Público Federal - o Governo da República - tem
de pagar. São 4 bilhões e 600 milhões! A dívida da Varig é de oito bilhões e
pouco. Se o Governo Federal, Ver. Carrion, quisesse fazer o encontro de contas,
orientaria a Advocacia da União para liberar os recursos: a metade dessa dívida
estaria resolvida, e com o restante seria feita uma composição via BNDES. Eu
quero chamar a atenção, Ver. Braz, que o BNDES, que é o banco de fomento no
Brasil, foi capaz de liberar 2 bilhões de reais para a Ferronorte. Para lá
pôde! Sabem que esse dinheiro nunca vai voltar aos cofres do BNDES, mas para lá
pôde! O BNDES, que é um banco de fomento, tem a capacidade de financiar o metrô
de Caracas; parabéns ao BNDES. Mas aí pode? O BNDES não, mas o Governo
brasileiro viaja para a África, e os nossos irmãos africanos merecem, sim, por
tudo que representa a África no contexto da humanidade, o perdão da sua dívida,
e nós achamos que até é razoável, mas o Presidente não poderia fazer isso com a
Varig? Olha, foi só o Juiz dizer que a empresa era viável, que as ações da
Varig, que estavam valendo uma ninharia, subiram 43% de um dia para o outro!
O
que se esperava do Presidente, ontem, ao receber do Governador Rigotto e de
todos os Líderes da Assembléia Legislativa, inclusive do PT, era que ele
dissesse que essa é uma empresa gaúcha, mas, acima de tudo, brasileira, e que
não iria permitir a liquidação da Varig - e as coisas já estariam hoje em outro
patamar. Mas o que fez o Presidente? Costeou o alambrado mais uma vez e foi lá
fazer aquilo que o Governo dele é especialíssimo: discursar para os nossos
irmãos indígenas, para os quais este Governo não tem política, não! O índice de
mortalidade infantil no Brasil é grande, e entre os indígenas é muito maior.
Veio aqui cometer a desfaçatez de afirmar que não é candidato, usando verba
pública, e dizendo: “Que venha outro Presidente para fazer mais do que eu”. Ele
inaugurou até Emergência de hospital! Acho que ele fez absolutamente correto,
porque um Governo que está na UTI tem mais é que inaugurar Emergência mesmo.
Então,
quero dizer que o PT no Governo é uma coisa, e o PT na oposição é outra coisa.
O PT, no Governo, tem uma prática e, na oposição, tem outro discurso. Eu estou
ouvindo aí o discurso das FGs. Cá para nós, quem criou 37 mil cargos no Brasil,
quem criou 412 FGs no Hospital Conceição para comandar os companheiros do
ex-Governo Olívio Dutra não tem autoridade política para colocar dessa forma! O
PT na oposição não coaduna com o PT no Governo, não traduz o PT no Governo. Por
isso, Presidente Lula, o senhor, infelizmente, não está sendo coerente, porque
a Varig é mais do que uma empresa gaúcha; ela é brasileira, é viável. O
Presidente Lula e todos os seus Ministros atinentes a essa área,
lamentavelmente, deveriam ser os parceiros para recuperação da Varig, mas têm
sido os seus liquidantes. Muito obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Valdir Caetano): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para uma Comunicação de Líder.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores,
eu falaria só de um tema, mas brevemente quero dizer que hoje o Ver. Sebastião
Melo vai estar lá no OP, na temática transportes e circulação, distribuindo um
panfleto a respeito da circulação de carroças em Porto Alegre. E o último item
dele é - falando em prática e discurso: “Criar um programa específico e
gradativo para transposição de atividades de carroceiros para outras
atividades”. Mas, na verdade, o Ver. Sebastião Melo esqueceu-se de dizer, desta
tribuna, para todos de Porto Alegre, que ele tem, tramitando nesta Casa, um
Projeto que elimina os carroceiros em Porto Alegre, em oito anos, gradativamente.
Eu estarei lá hoje com um megafone, dizendo aos carroceiros da sua real
intenção, Vereador.
Voltando
ao tema que eu queria tratar, eu quero aqui cumprimentar a CNBB e o Bispo que
teve a coragem... Porque a gente sabe que, em qualquer credo, enfim, há de
tudo, mas esse Bispo, realmente, demonstra que é um filho de Deus, que, de
fato, “fidelidade ao Deus dos pobres a serviço dos povos e da terra” era o lema
e o tema da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil. Está aqui para quem
quiser ver no jornal Zero Hora, se alguém tiver alguma dúvida e quiser ler,
está no jornal do dia 19 de abril de 2006 (Lê.): “A destruição promovida pelas
mulheres da Via Campesina na Aracruz Celulose foi defendida e criticada por
autoridades - uma da Igreja Católica e outra do Governo Federal - na manhã de
ontem, em eventos distintos, em Brasília”. E disse o Bispo Dom Tomás, de 83
anos (Lê.): “A Aracruz não tem autoridade moral. Ela praticou anos de violência
e secou 1,5 mil nascentes. Ela deveria calar a boca.”
Senhoras
e senhores, foram lembradas, também nesse dia, as mais de cem mortes em 2005. O
livro lançado pela CPT lembra o assassinato, cometido pelos latifundiários, da
Irmã Dorothy Stang, no Pará; a greve de fome de Dom Luiz Caprio, Bispo da
Bahia, contra a interligação de bacias do Rio São Francisco; a morte do
ambientalista Francisco Anselmo de Barros, que ateou fogo no próprio corpo em
defesa do Pantanal. Além disso, faz menções ao massacre de Eldorado dos Carajás
em abril de 1996, quando dezenove sem-terras foram assassinados.
Segundo
o “braço agrário” da Igreja Católica, houve um recuo no número de
invasões em propriedades rurais. Em 2005, foram 437; em 2004, foram 496. Nos
três primeiros meses de 2006, a CPT registrou três assassinatos no campo, ante
treze no mesmo período do ano passado. O Secretário Nacional da Pastoral da
Terra, Antônio Canuto, considera o quadro atualmente grave, porém mais
amenizado. No ano passado, eram dez mil pessoas que estavam nas ocupações, e
este ano já são dezesseis mil, significa um acréscimo das problemáticas, mas um
avanço na organização desse bravo movimento social.
E
eu queria rapidamente dizer às senhoras e aos senhores que, em falas anteriores
desta Vereadora, Líder do Partido Socialista Brasileiro nesta Casa... Cada vez mais
há concentração de terra e de latifúndio verde nas mãos... E infelizmente eu
ouvia, ainda hoje pela manhã, que plantio de pinus e eucalipto é
reflorestamento, é manter, vejam bem os senhores, a mata nativa! E 90% da
celulose é exportada para os Estados Unidos, que primeiro destruiu toda a sua
fauna, a sua flora, as suas florestas e agora diz que a Amazônia é patrimônio
da humanidade. Convença-me qualquer pessoa, e não precisa ser um especialista
na área, que qualquer um desses monstrinhos que é plantado em latifúndio é mata
nativa. Por favor! Quero que venham aqui especialistas, aqueles que defendem os
latifundiários, esses assassinos do nosso País, o que é uma vergonha contra a
autonomia de uma nação, como o nosso querido Brasil e a América Latina. Muito
obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. RAUL CARRION: Exmo
Presidente Dr. Goulart, gostaria de passar às suas mãos uma foto - depois
mandarei a cópia digitalizada - da nossa ida ao Hospital Conceição, V. Exª
junto ao nosso Presidente Lula em tão importante momento, para que isso fique
registrado na história, talvez num quadro na sala de V. Exª, como aquele no
qual V. Exª, em tenra idade, está junto ao Presidente João Goulart. (Mostra a
fotografia e passa às mãos do Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart.)
A SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr. Presidente, queria indicar ao Ver.
Ervino Besson, com todo o carinho e respeito, a leitura da biografia de
Francisco Julião, ex-Deputado do PDT, com relação à Reforma Agrária. Obrigada.
A SRA. CLÊNIA MARANHÃO (Requerimento): Sr. Presidente, encaminho um Requerimento
a Vossa Excelência. Por ocasião da vinda a esta Casa do Presidente do DMAE, Dr.
Presser, houve a entrega a V. Exª de um material digitalizado com todos os
dados referentes ao seu comparecimento. Gostaria de solicitar que a entrega
desse material aos Srs. Vereadores não seja feita nos gabinetes, mas neste
plenário, com visibilidade, para evitar alguma análise maliciosa, de que não
foi democratizada a informação. Obrigada.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Aceito, Verª Clênia. Solicito as
providências da nossa Assessoria.
Registro
a presença, nesta Casa, do nosso ex-Deputado Wilson Müller. Receba as nossas
saudações. (Palmas.)
O SR. JOSÉ ISMAEL HEINEN: Sr. Presidente, quanto ao discurso da
nossa nobre colega Maristela Maffei, eu não quero que retire dos Anais, mas só
quero dizer que, se for para defender a democracia e o direito à propriedade,
eu aceito a alcunha de “monstrinho”. Sem problema nenhum.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Havendo quórum, passamos à
Em
votação a ordem de votação dos Projetos, acordada pelas Lideranças da Casa. Em
primeiro lugar, o PLCE nº 005/05 e, logo após, teremos: Requerimento n° 72/06,
de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo; PR nº 147/05; PR nº 148/05; PR nº
149/05; PLE nº 065/04; PR nº 016/06; Requerimento s/nº, de autoria do Ver. Luiz
Braz; PLL nº 010/05; PLL nº 256/05; PLL nº 039/05; PLL nº 190/05; PLL nº
201/04; PLE n° 015/06; PLL nº 210/02; PLL nº 025/05. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N. 5455/05 - PROJETO DE LEI
COMPLEMENTAR DO EXECUTIVO N. 005/05,
que acrescenta o § 3º ao art. 68 da Lei Complementar n. 133, de 31 de dezembro
de 1985, alterado pela Lei Complementar n. 407, de 05 de janeiro de 1998, e dá
outras providências. (exercício de FG por funcionário de outra esfera, cedido
com ônus para a origem) Com Mensagem Retificativa. Com Emendas nos. 3 e 4 à
Mensagem Retificativa.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Paulo Odone: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto e
à Mensagem Retificativa.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA – art. 82, § 1º, I, da LOM.
- incluído na Ordem do Dia, por força do
art. 81 da LOM, em 28-11-05;
- adiada a discussão por uma Sessão, em
14-12-05;
- retiradas as
Emendas nos. 01 e 02 à Mensagem Retificativa;
- adiada a
discussão por três Sessões, em 14 e 21-12-05;
- discutiram a
matéria os Vereadores S.Cavedon, C.Todeschini, A.Sell, M.Celeste, P.Odone,
M.Moraes e M.Maffei, em 19-04-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PLCE nº 005/05. (Pausa.)
O Ver. Carlos Todeschini está com a palavra para discutir o PLCE n° 005/05, por
cedência de tempo do Ver. Aldacir Oliboni.
O
SR. CARLOS TODESCHINI:
Sr. Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, público que nos
acompanha neste momento, retorno a esta tribuna para discutir e faço uma saudação
especial aos servidores do Município de Porto Alegre, que também se encontram
aqui presentes.
Nós
estamos discutindo um tema que iniciou no dia de ontem e que avança neste
momento, trata-se do Projeto que autoriza o Município a conceder os vencimentos
de FG a funcionários provenientes de outras esferas da área pública, quer seja
de outros Municípios, quer seja do Estado ou da União. Eu peço a atenção aos
Srs. Vereadores e às Sras. Vereadoras, à imprensa e ao público que nos assiste,
porque nós temos a convicção e a concordância total da ilegalidade e da
inconstitucionalidade deste Projeto. Da ilegalidade, porque ele prevê
remunerações diferenciadas para o exercício de mesmas funções, e da
inconstitucionalidade, porque ele prevê a cumulatividade de vencimentos.
Eu
quero ser bem enfático, porque ontem o Ver. Paulo Odone, a quem respeito muito,
veio aqui, em nome do Governo, dizer: “Se na União pode, no Estado pode, por
que no Município não pode?” Porque é um equívoco, Ver. Paulo Odone. Ocorre que
a FG, que é a parte também equivalente de gratificação em CC, hoje pode ser
destinada, contanto que conte apenas a gratificação. O que acontece é que o
Projeto do Governo prevê a criação da possibilidade de mais um vencimento na
totalidade do salário de quem vem da origem, somando o vencimento do Cargo de
Confiança. E onde está o problema disso? É verdadeiro que, para quem vai do
Município para o Estado, Ver. Elói, lá as FGs são altas e podem ser
incorporadas com tranqüilidade, porque é legal. Da mesma forma para a União.
Quem sai do Município, incorpora o salário da União, pode receber uma FG, que
tem um valor muito diferenciado. Agora, se isso é feito no caminho inverso para
o Município, aí é que se dá a ilegalidade e a inconstitucionalidade,
principalmente porque não se está atribuindo apenas a parte correspondente à
Função Gratificada, está-se querendo atribuir a totalidade do vencimento do
Cargo de Confiança. Por isso que soma o salário de origem e soma a totalidade
do vencimento também no Município. Por isso que a Constituição veda a dupla
remuneração, exceto para quem exerce as funções de médico, de professor ou de
juiz, podendo acumular o cargo com professor. Portanto aí está a ilegalidade,
aí está a vedação constitucional da matéria. A Procuradoria da Casa afirma, de
maneira clara, cristalina e categórica, que é ilegal, que é inconstitucional,
chamando a atenção para esta Casa, porque, se aprovada, certamente teremos que
ingressar na Justiça e faremos a correção por medida de força a este Projeto.
De
outro lado, não posso deixar passar em branco aquilo que foi dito durante toda
a campanha, ou seja, que o Sr. Prefeito ia valorizar os servidores do quadro,
ia prestigiar os trabalhadores, que são altamente qualificados, competentes e
respeitados. (Palmas.) E quero falar como alguém que foi Vice-Diretor e
Chefe-de-Gabinete do DEP, que foi Diretor Geral do DMAE, que foi assessor
engenheiro do Prefeito: temos, com tranqüilidade, pessoas de altíssima
capacidade, do melhor gabarito e com todo o profissionalismo para desempenhar
quaisquer funções dentro da Administração. Por isso não há razão, não há
motivação e muito menos necessidade de importar alguém que, com certeza, não
tem o preparo, a qualificação e o conhecimento que os funcionários da
Prefeitura de Porto Alegre já acumularam ao longo desses anos, eles conseguiram
produzir, sim, resultados extraordinários e incomparáveis.
Se
há alguma coisa que está mal, não são os funcionários, mas aqueles que estão na
responsabilidade dos cargos de mando, nos Secretários, nos Diretores e nas
funções de chefia e coordenação que não têm a necessária qualificação para
coordenar as políticas da Cidade. Aí é que reside o problema! (Palmas.)
Portanto, nós, da nossa Bancada - e creio que a Frente Popular -, não daremos
apoio a este Projeto; votaremos contrários porque não vamos aprovar a
ilegalidade e estamos cobrando, aqui e agora, as palavras do Sr. Prefeito, que
disse que ia valorizar e prestigiar o reconhecido quadro que nós temos na
Prefeitura. Muito obrigado, e contem com o nosso apoio. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O Ver. Sebastião Melo está com a palavra
para discutir o PLCE nº 005/05.
O SR. SEBASTIÃO MELO: Sr. Presidente, Ver. Dr. Goulart; Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, especialmente os funcionários do Município que nos
honram com suas presenças nas galerias da Câmara, esta matéria era para ter
sido votada no ano passado. Eu era Líder da minha Bancada e, no final da
votação, fiz um apelo à nossa Líder do Governo no sentido de que precisávamos
analisar um pouco melhor a questão, porque no final do ano vêm muitas matérias,
e às vezes não se dá o tempo necessário para as suas análises. A Verª Clênia
entendeu, a matéria retornou neste ano, e nós estamos a discuti-la para,
depois, votá-la.
Eu
queria esclarecer a todos os Vereadores, especialmente aos que não são
Vereadores, que nos assistem pela televisão ou que nos dão a honra de estarem
aqui, o que está se votando. Primeiro, a possibilidade de que a um funcionário
de fora, sendo cedido, seja pago o salário na origem, recebendo uma Função
Gratificada, em tendo um cargo no Município.
Eu
fiz um levantamento nesta gestão, Verª Clênia, mas não sei se há dez, quinze,
sete ou cinco nomes, existem alguns funcionários cedidos em algumas áreas do Governo.
Diz o Projeto que se pode transformar CC em Função Gratificada até no limite de
70% do CC, e que se pode usar 15% dos CCs para fazer isso. E até dizia à Verª
Clênia: “Não sei se deve ser dez ou se deve ser cinco”. Mas botou um limitador.
Eu
quero dizer que a gente não pode tratar isso com fundamentalismo, porque senão
olhamos para trás e começamos a ver as nossas incoerências. A política às vezes
está desacreditada porque as pessoas vêm à tribuna e começam a desdizer aquilo
que falavam lá atrás. Eu olho, por exemplo, a Bancada do PT - querido Ver.
Sebenelo - e vejo que o PT nacional diz, alto e bom som, que para qualificar a
máquina, para melhorar o serviço criou 37.500 cargos! E a gente vai olhar no
Diário Oficial, e não é cargo de ponta, não; a maioria dos cargos é para
atividade de meio, e, aí, a prática governamental deles está legal, bacana, e
eles sustentam esse discurso maravilhosamente bem!
Ver.
Sebenelo, eu vou sair lá da República e voltar aqui para o Grupo Hospitalar
Conceição, Verª Clênia, que é administrado pelo Dr. João Motta, ex-Vereador e
ex-Presidente desta Casa. Para acomodar os companheiros que perderam a eleição
aqui em Porto Alegre e no Governo do Estado, ele criou 412 FGs no Hospital
Conceição! E criou 22 CCs também no Conceição! E o Ver. Todeschini acha que
isso é legal! Acha que isso é extraordinário! Não! Eu vou tratar de Porto
Alegre! Eu vou tratar de Porto Alegre, mas eu não posso ter dois discursos!
Não! Chega de incoerência neste País! Eu não vou permitir esse discurso calhorda,
porque ele não é verdadeiro!
Agora,
alguém que é um Técnico Fazendário, que sai do Tesouro do Estado, que vem dar a
sua contribuição na Secretaria da Fazenda, que aumenta a arrecadação...um
funcionário de carreira pode ter FG, deve ter FG, e por que o outro não pode
ter FG? Os outros podem ter FG? Tanto é verdade que existe uma Emenda dizendo o
quê? O que diz a Emenda da Verª Clênia Maranhão? Aqui nesta tribuna só falam o
que querem, do seu jeito, da sua maneira, e a Emenda também diz que pode ser concedido
ao funcionário de carreira esse mesmo instrumento que está sendo criado para
aqueles que vêm de fora!
Mais
do que isso - porque há gente que lê e não entende: em 1985, o Governo da
Frente Popular já estabeleceu a exceção lá, Ver. Todeschini, no sentido de que
para quem é servidor do SUS e vem de fora - o seu Governo estabeleceu isso -
pode haver FG! E está lá na lei, ou me contestem aqui nesta tribuna se eu não
estou dizendo a verdade! Ah, lá é legal! Quando o seu Governo cria é legal!
Quando V. Exª está no Governo é legal! Quando V. Exª está no Governo, é legal
pegar o dinheiro da água e fazer asfalto! É legal! Agora, quando o senhor está
na oposição, não!
Então,
por favor, nós respeitamos os funcionários de carreira, achamos que o quadro de
funcionários do Município é extraordinário, merece o nosso aplauso! Por quê?
Porque passam as Administrações, e elas são tocadas pelo funcionalismo...!
Agora, não podemos distorcer essa questão dessa forma! O PT no Governo tem uma
prática, e o PT na oposição contradiz a prática de Governo. Então, se querem
fazer esse debate dessa forma, vamos fazê-lo, porque a proposta colocada pelo
Governo não tem coerência, ela qualifica o serviço público e possibilita o
alijamento, trazendo pessoas de outras áreas para o Poder Público. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
(Manifestações
nas galerias.)
O SR. PRESIDENTE (Luiz Braz): A Verª Maria Celeste está com a palavra
para discutir o PLCE nº 005/05, por cedência de tempo da Verª Manuela d’Ávila.
A SRA. MARIA CELESTE: Sr. Presidente, Sras
Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores municipários que acompanham
esta votação desde a tarde de ontem, primeiro, quero dizer, Ver. Sebastião
Melo, que nós temos muita coerência no trato da gestão pública no Governo
Federal e, sobretudo, aqui no Governo Municipal. Segundo, quero relembrar a
fala do Ver. Carlos Todeschini, e, ontem, nós já fizemos essa discussão, eu já
subi a esta tribuna e trouxe à memória desta Casa um Parecer da Procuradoria
desta Casa que afirma e reafirma a ilegalidade, a inconstitucionalidade deste
Projeto! Nós queremos ser coerentes, sim, sobretudo com o que diz a legislação.
Se nós lermos o Parecer, está muito claro, Ver. Sebastião Melo, muito claro!
Não há problema nenhum em um funcionário receber FG, tanto que isso é normal em
qualquer esfera. Agora, o problema são os CCs cedidos que vêm do Governo do
Estado e ainda receberão FG! É isso que diz.
O
Sr. Sebastião Melo: V.
Exª permite um aparte?
A
SRA. MARIA CELESTE: Pois
não, Ver. Sebastião Melo, ofereço-lhe um aparte, sim.
O
Sr. Sebastião Melo:
Obrigado. Para contribuir com a sua fala, se é que eu não estou equivocado, não
há cedência de CC, mas sempre a cedência de funcionário de carreira. O que vai
haver é a transformação de uma CC em FG, a cedência sempre é de funcionário de
carreira, Vereadora.
A
SRA. MARIA CELESTE:
Exatamente, ele vai trazer o salário, que já existe, e vai ganhar uma FG, no
Município de Porto Alegre, cinco vezes mais do que o funcionário normal deste
Município. O que é que significa isso? O Parecer é muito claro, Ver. Sebastião
Melo - que é advogado, eu não sou -, a nossa Procuradora coloca (Lê.): “Veda a
acumulação remunerada de cargos públicos”. Isso diz o Parecer da nossa
Procuradora. E nós estamos aqui rasgando o que diz o art. 37 da Constituição
Federal, quando ela faz um Parecer, uma argumentação dessa e diz que este
Projeto é ilegal, é inconstitucional. É disso que nós precisamos falar.
Além
do que este Projeto, ao meu olhar, ele é imoral! (Palmas.) Um Governo que se
elege prometendo a manutenção da bimestralidade... Nós, a Frente Popular, na
eleição, falávamos das dificuldades, das dívidas, do que deveríamos enfrentar
na questão financeira do Município e nunca prometemos que iríamos retirar a
bimestralidade dos funcionários públicos; houve uma suspensão até que
pudéssemos recompor as finanças e novamente
começar a pagá-la no Município. O que aconteceu no ano passado, senhoras
municipárias e senhores municipários? Simplesmente foi retirada a possibilidade,
de fato, no Estatuto do Servidor Público, de que se pudesse retornar o
pagamento da bimestralidade. Mudou-se a forma. Isso é ser coerente? Este
Governo é coerente com a sua campanha e com o seu programa de campanha? É disto
que nós temos de falar: do discurso que se fazia, quando ganhou a eleição, e da
prática que nós estamos vendo. O que nós vimos foram Projetos enviados a esta
Casa para aumentar o número de CCs no Município de Porto Alegre. É disso que
nós precisamos falar.
Precisamos
de mais CCs? Muito bem, esta Casa aprovou CCs para a Secretaria da Juventude;
na semana passada, CCs para a Secretaria de Segurança Pública. A nossa Bancada
apresentou uma Emenda colocando que os cargos de Corregedor e Ouvidor deveriam
ser ocupados por servidores do quadro técnico, com FGs para tanto. Essa Emenda
foi derrubada pelo Plenário. Não foi aprovada FG para essa situação, para esses
dois cargos; havia, sim, a necessidade da criação de CCs. Agora, para esses
outros cargos aqui, neste Projeto, se criam FGs especialíssimas, especiais, que
irão pagar cinco vezes mais do que uma FG normal para um funcionário de
carreira da Prefeitura Municipal.
É
sobre essa coerência, Ver. Sebastião Melo, que nós queremos falar, é sobre essa
transparência de gestão que nós queremos falar, e é isso que nós vamos
continuar, reiteradamente, colocando e defendendo nesta Casa. Nós não somos
contra a criação de CCs quando há necessidade de fato, como foi o caso da
Secretaria da Juventude. Aliás, esse foi o primeiro Projeto deste Governo encaminhado
para esta Casa, Governo esse que tinha uma preocupação com a diminuição de CCs,
pelo menos era isto que ouvíamos durante todo o período anterior: a máquina
pública da Prefeitura Municipal com a criação de CCs. E, pasmem, senhoras e
senhores: mais de 80 CCs foram criados neste período de um ano e três meses de
Governo. O Ver. Raul Carrion está me corrigindo: foram criados 101 CCs, fora a
criação dos CCs para a EPTC e para as autarquias que estão por aí e que não
passam por esta Casa. É disso que nós estamos falando.
Por
isso, Sr. Presidente, nós somos radicalmente contra este Projeto e vamos
enfrentar, aqui, o debate, democraticamente, recebendo os municipários com as
suas manifestações, vamos nos posicionando aqui com a presença deles, porque
esta Casa é a Casa do Povo, e todos nós, Vereadores, devemos respeitar os
municipários com as suas manifestações. Muito obrigada, Sr. Presidente.
(Palmas.)
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
O Ver. Raul Carrion está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/05.
O
SR. RAUL CARRION: Exmo
Dr. Goulart, Presidente desta Casa; demais Vereadores e Vereadoras, um abraço
especial aos funcionários e às funcionárias que aqui estão presentes no
legítimo e democrático direito de acompanhar os trabalhos e manifestar as suas
opiniões, a nossa solidariedade a vocês. Primeiro, eu queria tratar o assunto
do ponto de vista, Ver. Dib, legal, constitucional, técnico e, depois, do ponto
de vista político e moral.
Em
primeiro lugar, é bem claro o caráter do Cargo de Confiança e da Função
Gratificada. O CC é para pessoas fora do quadro, e a FG é para as pessoas do
quadro que assumem uma função de maior responsabilidade, de maiores atribuições
e têm, portanto, um plus no seu recebimento. Este Projeto, do ponto de
vista legal, constitucional, técnico, está totalmente equivocado, incorreto,
ilegal e inconstitucional. A Procuradoria da Casa já disse isso com clareza
meridiana, mas nós só vamos mostrar.
Primeiro,
se o Projeto em pauta propõe que venha uma pessoa de outro órgão, de outro
cargo e receba uma Função Gratificada de outro cargo, não do cargo em que ela
se encontra, isso se configura uma acumulação de cargos, o que é vedado pela
Constituição, salvo casos excepcionais, como é o caso de dois cargos na área da
Saúde, era a única exceção que o Estatuto permitia. Agora, generaliza-se e se
pensa que basta mudar a Lei Municipal e a Constituição estará revogada. Vão
engano! Então, primeiro, trata-se de um acúmulo de cargo público, por exemplo,
um federal e um municipal; um estadual e um municipal, e já está contra a
Constituição.
Em
segundo lugar se criará uma situação em que um funcionário na mesma função que
outro... Um recebe, porque é do quadro, só o salário de funcionário, e o outro,
que veio do Estado, recebe o salário de funcionário do Estado e ainda uma
gratificação do Município. Portanto para a mesma tarefa teremos remunerações
diferenciadas, o que fere o princípio constitucional da mesma remuneração para
as mesmas funções.
Mas
há um outro detalhe para o qual é importante chamar a atenção, e digo isso como
ex-Presidente da Fundasul, com mais de novecentos funcionários, Ver. Elói. Lá
no Governo do Estado, quando pedíamos uma cedência, existia o seguinte: “Tudo
bem, se for dado um CC para um cedido, nós cedemos; se não, não”. Então, vejam
bem, na verdade, Verª Neuza, é a transformação na prática das FGs em CCs, é o
aumento dos CCs, porque vai manter o CC que teria que ceder para o funcionário
que vem. Quer trazer um funcionário federal, Verª Clênia? não há problema,
peguem um CC que existe, tragam o funcionário e entreguem o CC. O que estão
fazendo é criando CC na prática sob a forma legal de fazer uma FG ser colocada
em cima de um cargo estadual ou federal. Já criaram 101, Ver. Elói, querem
criar mais, quem sabe - parece que diminuíram um pouquinho o percentual - mais
centenas de CCs indiretos.
Para
concluir, além de tecnicamente, constitucionalmente, organicamente e legalmente
este Projeto ser errado, ser um abuso legislativo, eu gostaria de dizer que
moralmente também é insustentável, ainda mais que houve toda uma campanha em
cima de que havia muitos CCs, muita mordomia e etc., mas só estão criando CCs.
Criaram, há poucos dias, mais quatro nesta Casa. Por isso tudo, a Bancada do
PCdoB é contrária. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
A Verª Maristela Maffei está com a palavra para discutir o PLCE nº 005/05.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores ...
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Vereadora, V. Exª já discutiu o PLCE nº 005/05, e não há quem lhe ceda o tempo.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Então,
só quero dizer que sou contra e sou a favor do funcionalismo público. Muito
obrigada. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Em votação o PLCE nº 005/05. (Pausa.) O Ver. Carlos Comassetto está com a
palavra para encaminhar a votação do PLCE nº 005/05.
O
SR. CARLOS COMASSETTO: Sr.
Presidente, Ver. Dr. Goulart; colegas Vereadoras, colegas Vereadores, prezado
público, funcionários municipais - sejam sempre bem-vindos a esta Casa -,
público que nos assiste, na verdade hoje, aqui, nós estamos discutindo e
votando mais um Projeto que fala da qualificação ou da desqualificação da
política do funcionalismo público. Estamos afirmando que a segunda palavra é a
mais verdadeira, que este Projeto desqualifica o funcionário público municipal.
E vou fazer aqui as justificativas por que entendemos assim e por que votaremos
contrariamente.
Ver.
Nereu, V. Exª é um colega da Comissão de Constituição e Justiça que fica sempre
atento aos Pareceres técnicos e à disposição do que diz a Comissão de
Constituição e Justiça. E a nossa Procuradora, Dra. Marion, disse com toda
clareza (Lê.): “Por fim, igualmente, registra-se ofensa ao disposto do art. 37,
inciso XII, da Carta Magna, o qual veda a acumulação remunerada de cargos
públicos. Ocorre que a remuneração de um cargo não pode ser equivalente à
remuneração de uma Função Gratificada. Assim, mesmo que o nomen iuris
atribuído seja diverso, a relação jurídica subjacente configura acumulação
vedada pela Constituição”.
Quero
que os meus colegas aqui da Comissão de Constituição e Justiça me ajudem a
analisar essa primeira afirmação do Parecer da nossa Procuradora da Casa do
Povo, que diz que isso é um equívoco, sim, Verª Clênia Maranhão. É um equívoco
porque está criando uma nova casta salarial no funcionalismo público municipal,
porque está pegando os CCs que resistem, e hoje temos legalmente 813 CCs na
Prefeitura Municipal. Desses 813 - nós já dizíamos num documento oficial
assinado pelo Sr. Prefeito -, há 33 vagos, e na semana passada, quando era para
criar novos quatro CCs, nós dizíamos: “Transformem esses trinta e três nos
quatro”, mas foi negado de todas as formas. Por quê? Não entendíamos! É claro,
já tem endereço destinado esses 33 CCs. (Palmas.)
Qual
é o endereço destinado? É criar a supercasta de funcionário públicos
municipais. E explico por que é uma nova casta. Porque hoje um CC7 ganha em
torno de 4 mil e 800 reais; transformando em 70%, fica em torno de 3 mil e 400
reais. Se vem alguém que é um engenheiro, do Governo do Estado ou do Governo
Federal, se ele ganha lá seis mil reais ou sete mil reais, com o somatório isso
vai para cerca de dez mil reais. Eu quero fazer uma comparação; que os quadros
do Governo venham aqui, ou os Vereadores da base de sustentação, e equiparem
com o quadro do funcionalismo técnico-científico hoje, para ver se chega nessa
proximidade. Não! Não chega, é muito menos. Portanto, quem disse em campanha
que iria valorizar o funcionalismo público não está fazendo isso, está
desvalorizando o funcionalismo público.
Em
relação a este Pedido de Informações, Verª Clênia, a senhora nos cobrou da
tribuna dizendo que eram mostrados papéis que não tinham sentido. Este é um
Pedido de Informações assinado pelo Prefeito Municipal, que diz que, dos 780
CCs, hoje, 703 já ganham hora extra, senhores funcionários públicos. É um
documento oficial: 703 CCs já ganham hora extra. E nós sempre viemos a esta
tribuna defender, sim, a utilização dos CCs; não somos contra os CCs, mas na
nossa Administração 30% dos nossos CCs eram funcionários. Sabem quantos são
hoje? Dois vírgula oito por cento.
Então, essa casta
dirigente que está sendo construída na Prefeitura Municipal em nome da
qualificação técnica e administrativa é um equívoco. Queremos saber onde é que
está a resposta, onde é que está o retorno da assessoria que foi contratada
para fazer um novo estudo de qualificação gerencial da Administração Pública
Municipal, para podermos comprovar que essa política que está sendo construída,
ou querendo ser aprovada, sem discussão, traz efetiva valorização do
funcionário público; que isso seja apresentado.
Para
concluir, Sr. Presidente, votamos contra porque este Projeto não valoriza o
funcionalismo e cria uma nova casta superassalariada dentro da Prefeitura em
detrimento da política de transparência. Muito obrigado. (Palmas.)
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): A
Verª Maristela Maffei está com a palavra para encaminhar a votação do PLCE nº
005/05.
A
SRA. MARISTELA MAFFEI: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras, Srs. Vereadores, senhoras e senhores,
serei breve, até porque, na verdade, pela maioria desta Casa, praticamente nós
já sabemos o resultado, sabemos o que vai acontecer aqui. Infelizmente, uma
maioria, às vezes, se prevalece da situação real, daqueles que são os mais
caros para nós nesta Cidade. Nós podemos nos orgulhar da cidade de Porto Alegre
pela experiência que tivemos como Frente Popular durante todos os anos em que
trabalhamos, e vocês sabem quantas vezes tivemos diferenças - e diferenças
importantes -, mas a questão do respeito à democracia deve sempre estar em
primeiro lugar.
Apenas
quero repetir o que anteriormente eu disse: a Bancada do PSB vota
contrariamente este Projeto em respeito a essa categoria, em respeito aos
cidadãos e às cidadãs de Porto Alegre e fundamentalmente com um sentimento
muito triste pelo retrocesso que esta Cidade está tendo em todas as suas
instituições, inclusive nesta, no que tange a uma verdadeira democracia e
liberdade de expressão. Muito obrigada.
(Não
revisado pela oradora.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, o PLCE n° 005/05, com
Mensagem Retificativa. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO por
21 votos SIM e 11 votos NÃO.
Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Mensagem Retificativa ao
PLCE nº 005/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA por 22
votos SIM e 11 votos NÃO.
Passo
a ler a Declaração de Voto do PT, do PCdoB e do PSD(Lê.): “Votamos contra
porque é inconstitucional e ataca os servidores”. Assinam os Vereadores Adeli
Sell, Carlos Comassetto, Sofia Cavedon, Carlos Todeschini, Margarete Moraes,
Maria Celeste, Raul Carrion, Manuela d’Avila, Aldacir Oliboni e Maristela
Maffei.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
Presidente, eu também tenho uma Declaração de Voto.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Pois não, Excelência.
O
SR. JOÃO ANTONIO DIB:
(Lê.) “Votei contrariamente o Projeto por entendê-lo contrário aos interesses
dos municipários, sem contudo concordar com o pronunciamento de alguns
Vereadores que distorceram o fato, aproveitando para politizar a votação. Saúde
e PAZ!”
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
As Emendas nºs 01 e 02 à Mensagem Retificativa ao PLCE nº 005/05 foram retiradas.
Em
votação a Emenda nº 03 à Mensagem Retificativa ao PLCE nº 005/05. (Pausa.)
(Após apuração nominal.) APROVADA por 21 votos SIM e 11 votos NÃO.
A
SRA. SOFIA CAVEDON: Sr.
Presidente, passo a ler a Declaração de Voto da Frente Popular (Lê.): “Votamos
contra esta Emenda, pois diminuir o valor da FG não resolve o problema da
inconstitucionalidade, nem da imoralidade da Lei, desrespeitando funcionários
ao criar profundas desigualdades de vencimentos entre eles. Frente Popular”.
Obrigada. (Palmas.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação nominal, por solicitação desta Presidência, a Emenda nº 04 à Mensagem
Retificativa ao PLCE nº 005/05. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADA
por 21 votos SIM e 10 votos NÃO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. N. 072/06 – (Proc. N. 2039/06 – Ver. Bernardino Vendruscolo) –
requer que o Período de Comunicações, no dia 24 de abril de 2006, seja
destinado a assinalar o transcurso do 15º aniversário da Força Sindical.
(incluído em 20-04-06)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação o Requerimento nº 072/06, de autoria do Ver. Bernardino Vendruscolo.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Estivemos
em reunião de Mesa e decidimos votar em bloco. Passarei a ler os Projetos que
votaremos em bloco: PR nº 147/05, PR nº 148/05, PR nº 149/05, PLE nº 065/04, PR
nº 016/06.
O SR. IBSEN PINHEIRO: Sr. Presidente, o espaço regimental é
para discutir, mas vou fazer uma breve declaração. Tenho algumas dúvidas de
natureza jurídica que envolvem o Projeto de Resolução nº 149/05. E, quando digo
dúvida, quero dizer dúvida mesmo. Não há clareza para mim sobre a possibilidade
de um Projeto de Resolução alterar uma lei, que é o que aqui se percebe na
ementa. Embora essa lei seja anterior à Constituição de 1988, que transferiu ao
Legislativo a competência para a criação e extinção de cargos, eu precisaria de
um exame acurado da lei para ver se a Resolução não afeta matéria privativa de
lei, no sentido estrito.
Explico-me,
Sr. Presidente. Embora a criação e a extinção de cargos sejam possíveis através
de resolução, a fixação e a alteração da remuneração terão de ser sempre por
lei, com a sanção do Chefe do Poder Executivo. Além disso, Sr. Presidente,
estamos criando cargos dentro de uma estrutura ainda inexistente, porque se
trata de um Projeto de Resolução que está sendo votado simultaneamente, e a
criação dependerá, naturalmente, da publicação da primeira norma. São razões
que não me levam a votar contra, por causa do Bloco, de interesse da Casa para
a aprovação, mas me levam a registrar essa dúvida, até porque essa matéria
pende de decisão do Tribunal de Justiça em Ação Direta de Inconstitucionalidade
que ataca essa possibilidade conforme posta.
Essa
era a questão que queria registrar, Sr. Presidente, antes de votar.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Também foi dúvida deste Presidente. A
Constituição de 1988 permite que a Casa legisle sobre seus cargos. Portanto, se
não cria despesas, não existiriam óbices, neste momento, para a sua votação.
Como cria cargos, vou solicitar votação nominal pela importância do Projeto.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 7010/05 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 147/05, de autoria da Mesa Diretora, que altera a Resolução n.
1.077, de 7 de dezembro de 1990, que denomina Salão Glênio Peres o Salão Nobre
da Câmara Municipal de Porto Alegre, substituindo a expressão Salão pela
expressão Teatro, na ementa e no art. 1º.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 03-04-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 7011/05 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 148/05, de autoria da Mesa Diretora, que cria a Unidade Técnica de
Manutenção Elétrica e Telefônica (UNITEL), altera a Resolução n. 1.367, de 2 de
janeiro de 1998, e alterações posteriores, que reorganiza os serviços
administrativos da Câmara Municipal de Porto Alegre, dando nova redação ao
inciso I e incluindo inciso II, ambos no § 2º do art. 14.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto;
- da CEFOR. Relator
Ver. João Antonio Dib: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia, por força do
art. 81 da LOM, em 05-04-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 7012/05 – PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 149/05, de autoria da Mesa Diretora, que altera a Lei n. 5.811, de 8
de dezembro de 1986 (extingue e cria funções gratificadas no Quadro dos Cargos
em Comissão e Funções Gratificadas da Câmara
Municipal de Porto Alegre) e dá outras providências.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da
maioria absoluta dos membros da CMPA - art. 82, § 1º, III, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia, por força do
art. 81 da LOM, em 05-04-06.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 5789/04 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 065/04, que denomina Leonel Brizola o viaduto de
transposição da Avenida Farrapos à Terceira Perimetral.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e pela existência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação da Emenda n. 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Mario Fraga: pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator
Ver. Sebastião Melo: pela aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia em 29-03-06;
- prejudicada a votação da Emenda n. 01
nos termos do art. 56, § 2º, do Regimento da CMPA.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0019/06 - PROJETO DE RESOLUÇÃO N. 016/06, de autoria dos Vereadores Raul Carrion e Manuela d'Ávila,
que concede o Prêmio de Cidadania e Direitos Humanos Herbert de Souza à Senhora
Maria Helena Martinho, na modalidade personalidade, à Caixa Econômica Federal,
na modalidade empresa, e ao Ministério Público Estadual do Rio Grande do Sul,
na modalidade entidade.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia, por força do
art. 81 da LOM, em 05-04-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em votação nominal, solicitada por esta Presidência,
o Bloco contendo os seguintes Projetos: PR nº 147/05, PR nº 148/05, PR nº
149/05, PLE nº 065/04 e PR nº 016/06. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) APROVADO
por 25 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO.
(encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
REQ. s/n. (Proc. N.
4829/05 - Ver. Luiz Braz) – requer renovação de votação do PLCL 037/05 -
Processo N. 4829/05, que autoriza a compensação do crédito tributário do Imposto
sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana, com crédito líquido e certo,
resultante de indenização por danos patrimoniais à economia localizada nos
logradouros denominados “túneis verdes”. (incluído em 15-03-06)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em votação nominal, solicitada pelo Ver.
Adeli Sell, Requerimento s/nº de autoria do Ver. Luiz Braz. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) APROVADO por 19 votos SIM e 04 votos NÃO.
O
SR. LUIZ BRAZ (Questão de Ordem): Sr.
Presidente, o que nós votamos foi um Requerimento para renovação, agora é
necessário que o Projeto seja colocado em votação para que ele possa ser
aprovado ou não. Então, como ele está... Peço que ele seja...
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Na próxima Sessão, ele volta para a Ordem
do Dia, Excelência.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente, este Vereador tem boa
memória. Então, vou cobrar desta Mesa e das futuras que todas as matérias sejam
tratadas exatamente dessa forma, porque já vi renovações que foram logo em
seguida colocadas para apreciação do Plenário. Não vou discutir com a Mesa, vou
acatar, mas vou cobrar da Mesa que a mesma posição seja tomada também quando da
votação de futuras matérias.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Anotado, Excelência.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 0124/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 010/05, de autoria do
Ver. Bernardino Vendruscolo, que institui a Semana das Etnias no Município de
Porto Alegre, a ser realizada na primeira semana de maio, para divulgação dos
hábitos, costumes, história e contribuições das diversas etnias formadoras da
sociedade porto-alegrense. Com Emenda n. 02.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Ibsen Pinheiro: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto e da Emenda n. 02;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Carlos Comassetto:
pela aprovação do Projeto; Relator Ver. Alceu Brasinha: pela aprovação da
Emenda n. 02;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto; Relator Ver. Sebastião Melo:
pela aprovação da Emenda n. 02
- da COSMAM.
Relator Ver. Haroldo de Souza: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 02.
Observações:
- prejudicada a votação da Emenda n. 01,
nos termos do art. 56, § 2º do Regimento da CMPA;
- incluído na Ordem do Dia
em 01-03-06.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PLL nº 010/05. (Pausa.) O
Ver. João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 010/05.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente, Sras Vereadoras
e Srs. Vereadores, quando fui Prefeito, eu instituí, através do Conselho
Municipal de Turismo e da Epatur, a Festa das Etnias, que foi realizada no
então Parque da Harmonia, hoje Parque Maurício Sirotsky Sobrinho. Foi realmente
um sucesso, e eu quero cumprimentar o Ver. Bernardino, porque está institucionalizando
a Semana das Etnias, que poderá ser novamente realizada com uma grande festa
aqui no Parque - neste momento vou chamá-lo de Parque da Harmonia, porque as
etnias se encontram e se harmonizam, mas é o Parque Maurício Sirotsky Sobrinho.
Saúde e PAZ!
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
votação o PLL nº 010/05. (Pausa.) Não há quem queira encaminhar. Os Srs.
Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em votação a Emenda nº
02 ao PLL nº 010/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 5308/05 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 256/05, de autoria do Ver. Professor Garcia, que
institui, no Município de Porto Alegre, a Semana de Educação Física, no período
que compreende o dia 1º de setembro, autoriza a Câmara Municipal de Porto Alegre a oportunizar parceria com o Executivo
Municipal e entidades públicas e privadas para realização do evento. Com
Emenda n. 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Nereu D'Avila: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação da matéria;
- da CEFOR. Relator
Ver. João Antonio Dib: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01;
- da CECE. Relatora
Ver.ª Sofia Cavedon: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 01-03-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PLL nº 256/05. (Pausa.) O Ver.
João Antonio Dib está com a palavra para discutir o PLL nº 256/05.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Sr. Presidente,
eu dei parecer favorável olhando sob o prisma da Comissão de Finanças, mas, na
realidade, o ano tem 52 semanas, e nós vamos ter dificuldade para festejar
essas semanas todas. É um momento de difícil situação, e eu até gostaria de
pedir adiamento por uma Sessão, eis que o autor do Projeto não se encontra no
plenário.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Encontra-se,
Excelência. O autor do Projeto, Ver. Professor Garcia, está atrás do senhor, à
sua direita.
O SR. JOÃO ANTONIO DIB: Retiro o
Requerimento, Sr. Presidente. Saúde e PAZ!
O SR. PRESIDENTE
(Dr. Goulart): O Ver. Professor Garcia está com a palavra para discutir o
PLL nº 256/05.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Sr. Presidente, Srs. Vereadores e Sras
Vereadoras, o Ver. João Antonio Dib sugeriu o adiamento da discussão por uma
Sessão. Para mim, não há problema nenhum. O que eu quero colocar, na realidade,
é que parece que as diversas semanas que existem no Município de Porto Alegre é
a Câmara Municipal quem realiza, que os atos são todos feitos aqui... Não!
Esses são movimentos sociais que a própria sociedade faz! Só para que os
senhores e senhoras tenham uma idéia - a minha formação é de professor de
Educação Física, todos sabem: no ano passado, nós já realizamos uma Semana de
Educação Física! E olhem só a movimentação: organizamos, juntos, primeiro, atos
junto às universidades, tratando de temas especificamente acadêmicos. As
academias, por meio da Associação das Academias do Rio Grande do Sul,
promoveram diversos atos, levando a atividade física para as praças e para os
parques, e os clubes desportivos promoveram competições.
Então,
na realidade, não é a Câmara Municipal quem faz isso! Não. É a sociedade no seu
todo que atua em cima desses movimentos. Então, é nessa visão a proposta. A
Câmara é quem faz? Não, não é a Câmara Municipal, como foi, por exemplo...
Existe uma lei de minha autoria que agora está tramitando - depois de oito anos
tramita também no Senado - e que prevendo o dia 1º de setembro como o Dia do
Profissional de Educação Física. Acontece que o 1º de setembro de 1998 foi o
dia em que foi sancionada a lei que institui a regulamentação do profissional
de Educação Física.
Mas,
Ver. João Antonio Dib, V. Exª está pedindo o adiamento, eu concordo, com o
maior prazer.
O Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento
do orador.) Vereador, quero dizer a V. Exª que eu pedi o adiamento, mas retirei
o Requerimento. Eu não vi V. Exª sentado no seu lugar de sempre, achei que não
estivesse presente, e não seria justo votar sem a presença de Vossa Excelência.
O SR. PROFESSOR GARCIA: Mas eu volto a insistir, Vereador: eu
não sei se V. Exª entendeu, não é a Câmara em si. São atividades que
movimentam, já movimentaram e voltarão novamente este ano a acontecer. Ou a
Câmara institucionaliza a questão, ou o movimento sai de forma igual. Muito
obrigado, Sr. Presidente.
(Não
revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em votação o PLL nº 256/05. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Ver.
Professor Garcia, está instituída no Município a Semana da Educação Física.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 256/05. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC. N. 0878/05 -
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 039/05, de autoria do Ver. José Ismael
Heinen, que cria o Parque Temático Tradicionalista, que será denominado Cidade
Gaúcha, equipamento público de caráter turístico, cultural e de lazer, com o
fim de divulgar a cultura e as tradições do povo gaúcho e dá outras
providências. Com Emenda n. 01 ao Projeto. Com
Substitutivo n. 01 e Emendas nos. 02, 03, 04 e 05 ao Substitutivo n. 01.
Parecer:
- da CCJ. Relator
Ver. Márcio Bins Ely: pela existência de óbice de natureza jurídica ao Projeto
e à Emenda n. 01.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia, por força do
art. 81 da LOM, em 12-12-05;
- retirado o Substitutivo n. 02.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PLL nº 039/05, com
Substitutivo nº 01. (Pausa.)
O SR. ADELI SELL (Questão de Ordem): Sr. Presidente, eu gostaria de saber de
quem é o Substitutivo nº 02?
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): O que foi retirado?
O SR. ADELI SELL: Sim.
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Um momento, estamos consultando o
Processo. É de Vossa Excelência?
O SR. ADELI SELL: Eu o retirei, não é?
O SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Vossa Excelência o retirou?
O SR. ADELI SELL: Eu queria ter uma explicação... Eu o
retirei porque mudaria o nome do Parque.
Eu quero saber se isso está mantido, pois, se for assim, quero discutir e quero
votar contra.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart):
Um momento. Como eu disse para os
senhores, este Processo é complexo, pela maneira como se apresenta.
Ver. Adeli Sell, seria “Cidade Gaúcha”, e a Emenda
de Líder nº 04, do Ver. José Ismael Heinen, escreve que “Fica criado o Parque
Temático Tradicionalista”.
O
SR. ADELI SELL (Requerimento): Solicito adiamento de votação do
Substitutivo nº 01 do PLL nº 039/05 por uma Sessão, para tentar chegar a um
denominador comum com o Vereador.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em votação o Requerimento do Ver.
Adeli Sell que requer adiamento de votação do Substitutivo nº 01 do PLL nº
039/05 por uma Sessão. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Encaminha
a Diretoria Legislativa um Ofício informando que, na tarde de ontem, este
Presidente estava em reunião com o Ministério Público, com a Promotora Sandra
Segura, tratando da reconstituição dos arquivos incendiados, há algum tempo, na
nossa Câmara. E, depois, esta Presidência estava representando a Câmara na
inauguração da nova Emergência do Hospital Conceição. Esta Presidência está
dando satisfações aos colegas de onde estava na tarde de ontem. (Palmas.)
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 4125/05 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 190/05, de autoria da Ver.ª Clênia Maranhão, que
proíbe o consumo de bebidas alcoólicas nas dependências de postos de gasolina,
estacionamentos e similares localizados no Município. Com Emenda n. 01.
Parecer:
- da CCJ. Relator Ver. Márcio
Bins Ely: pela inexistência de óbice de natureza jurídica ao Projeto e à
Emenda n. 01.
Observação:
- incluído na Ordem do
Dia, por força do art. 81 da LOM, em 30-11-05.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em discussão o PLL nº 190/05. (Pausa.)
A
Verª Clênia Maranhão requer adiamento de discussão do PLL nº 190/05 por uma
Sessão. (Pausa.) Em votação o Requerimento de autoria da Verª Clênia Maranhão.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Esta
Presidência solicita que o Substitutivo nº 01 do PLL nº 201/04 seja votado por
último na ordem dos trabalhos da Ordem do Dia. (Pausa.) Em votação o Requerimento
desta Presidência. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Estão
suspensos os trabalhos para a Reunião Conjunta das Comissões.
(Suspendem-se
os trabalhos às 18h35min.)
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart - 19h03min): Estão reabertos os trabalhos.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 1319/06 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N. 015/06, que autoriza a abertura de créditos
especiais nos Poderes Legislativo e Executivo Municipais, no valor de R$
16.719.362,00, e dá outras providências. Com Mensagem Retificativa n. 01.
Parecer Conjunto
- da CCJ, CEFOR, CUTHAB
e CEDECONDH. Relatora-Geral Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do
Projeto e da Mensagem Retificativa n. 01.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia em 20-04-06.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart): Em
discussão o PLE nº 015/06. (Pausa.) O Ver. Adeli Sell está com a palavra para
discutir o PLE º 015/06.
O
SR. ADELI SELL: Sr.
Presidente, Sras Vereadoras e Srs. Vereadores, apesar do adiantado
da hora, eu tenho obrigação de colocar algumas opiniões breves aqui, porque nós
nos manifestamos contra a urgência na semana passada. E foi feita
propositadamente aqui uma confusão com o Projeto da Guarda Municipal, ao qual
nós éramos totalmente favoráveis. Eu vou votar, sim, favoravelmente este
Projeto, apesar das lacunas e de alguns erros que foram realizados neste
Projeto e que me parecem cruciais. Eu vou votar “sim”, mas quero dizer - e vou
avisar a base do Governo - que continuarei lendo o Diário Oficial com a mesma
determinação com que o Ver. João Dib lê.
O
Sr. João Antonio Dib: V. Exª permite um aparte? (Assentimento do orador.) Nobre Ver. Adeli Sell, eu também vou
votar “sim” ao Projeto, mas penso que uma emenda de redação na Comissão de
Constituição e Justiça, ou melhor, na nossa Comissão, talvez possa ser feita,
em razão de uma diferença de um real.
O
SR. ADELI SELL: É, a
aritmética falhou também, mas neste Projeto não falhou apenas a aritmética, há
outras lacunas, e erros têm acontecido com certa freqüência nas questões
orçamentárias quando vêm do Governo. Mas eu não vou aqui ficar enchendo a
paciência, porque vou votar “sim”, acho que é uma necessidade para que a
máquina pública funcione, mas aviso que vou continuar fiscalizando. Obrigado.
(Não
revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Luiz Braz):
Não há mais quem queira discutir. Em votação o PLE nº 015/06, com Mensagem
Retificativa nº 01. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Mensagem Retificativa nº 01 ao PLE nº 015/06. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
(discussão:
todos os Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento:
autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
PROC.
N. 3320/02 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N. 210/02, de autoria do
Ver. Adeli Sell, que obriga as clínicas e estabelecimentos similares que
realizam bronzeamento artificial a colocarem avisos em suas dependências,
alertando os usuários de que a exposição aos raios ultravioleta pode causar
danos à saúde, inclusive câncer, e dá outras providências. Com Emenda n. 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relatora
Ver.ª Maristela Maffei: pela inexistência de óbice de natureza jurídica para a
tramitação do Projeto; Relator Ver. Márcio Bins Ely: pela existência de óbice
de natureza jurídica para a tramitação da Emenda n. 01;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Carlos Comassetto:
pela aprovação do Projeto;
- da CEDECONDH.
Relatora Ver.ª Clênia Maranhão: pela aprovação do Projeto e da Emenda n. 01.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia, por força do
art. 81 da LOM, em 06-03-06;
- prejudicada a votação da Emenda n. 01
nos termos do art. 56, § 2º do Regimento da CMPA.
O
SR. PRESIDENTE (Dr. Goulart Em
discussão o PLL nº 210/02. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação.
(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Em
votação a Emenda nº 01 ao PLL nº 210/02. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
A Verª Clênia Maranhão
solicita verificação nominal de quórum. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Há
11 Vereadores presentes, não há quórum.
Estão encerrados os
trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 19h10min.)
* * * * *